Edson Fachin acolheu um pedido das comunidades indígenas

Esses processos de reintegração de posse estavam parados desde janeiro deste ano, quando o ministro Edson Fachin acolheu um pedido das comunidades indígenas para suspender ações judiciais que questionavam a demarcação das terras indígenas.

José Cruz/Agência Brasil

Outro efeito é a restituição de decisões que impediam o andamento da demarcação da terra indígena pela Funai. Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), há pelo menos dois processos em outro nível jurídico questionando a delimitação desse território.

Outro efeito

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“A decisão restabelece a segurança da suspensão dos processos demarcatórios que nós tínhamos. Com essa decisão, entendemos também que esses processos [de reintegração de posse] voltam a tramitar normalmente”.

Waldemir Barreto/Agência Senado

Segundo gerente do Departamento Jurídico da FAEP, Klauss Kuhnen

A Ação Cível Originária (ACO) 3.555 foi protocolada em 2021 e, inicialmente, pedia uma reparação devido à construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu nas áreas indígenas da etnia Avá-Guarani. Nesta situação, o processo é movido contra a União, a Funai, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Itaipu.

A discussão

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Conflitos, intervenção e suspensão

Em dezembro de 2023 e em janeiro deste ano foram registradas invasões em propriedades privadas, o que gerou conflitos armados. Com isso, a comunidade índígena entrou com uma petição requerendo a intervenção da Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do CNJ. A petição foi acolhida pelo ministro Edson Fachin.

Joédson Alves/Agência Brasil

Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) disse que “a decisão resguarda a segurança jurídica e impede, ainda, que procedimentos arbitrários sejam adotados por qualquer governo ou instituição pública, devendo a Funai respeitar a Lei do Marco Temporal”.

Entidades comemoram decisão do STF

FPA/Divulgação