Celulose: o poder invisível que move a economia brasileira

De um começo humilde no século XIX a um gigante de exportação, o país moldou sua história em torno dessa fibra.

By: Fabiana Bertone

A ascensão da celulose brasileira

A Imprensa Régia, em 1808, deu o pontapé inicial à demanda por celulose no Brasil. Ao longo do século XIX, diversas fábricas surgiram, culminando na fundação da Klabin em 1946. Impulsionada pela Segunda Guerra Mundial e pelo apoio de Getúlio Vargas, a indústria de celulose nacional ganhou força e se consolidou.

O eucalipto revolucionário

Max Feffer, com sua pesquisa pioneira, descobriu a celulose a partir do eucalipto, redefinindo a produção. Essa inovação permitiu à Suzano iniciar uma nova era em 1956. Hoje, o Brasil lidera a exportação de celulose, baseando sua produção em florestas plantadas.

O que é celulose?

A celulose é o principal componente das paredes celulares das plantas, formada por moléculas de glicose em feixes. Essa substância gera fibras usadas como matéria-prima em várias indústrias. Ela pode ser extraída de eucalipto, pinheiro, algodão, bambu, entre outros vegetais.

Usos surpreendentes 

A celulose está presente em diversos produtos do dia a dia, desde papel e embalagens até tecidos. Também é usada em fraldas descartáveis, absorventes, alimentos, produtos farmacêuticos, cosméticos, adesivos, biocombustíveis e materiais de construção.

Celulose na alimentação e medicina

A fibra vegetal compõe alimentos processados como hambúrgueres, sorvetes e queijos ralados, além de emulsificantes. Na medicina, derivados da celulose fabricam hidrogéis, revestimentos para medicamentos e curativos inteligentes.

Impacto econômico 

A produção de celulose no Brasil tem um impacto significativo em diversas cadeias produtivas. O setor, com suas fábricas modernizadas e florestas sustentáveis, representa 1,3% do PIB nacional e 6,9% do PIB industrial, com receita de US$ 100 bilhões.

Brasil: um líder global

Em 2020, a indústria brasileira produziu 21 milhões de toneladas de celulose, exportando 15,6 milhões. Desde 2017, o Brasil se consolidou como o maior exportador global e o segundo maior produtor, atrás apenas dos Estados Unidos.

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