X
AJUDA AO RS

Entidades do agronegócio fazem campanhas para ajudar o povo gaúcho. Saiba como participar!

Angus: pecuaristas investem em genética, bem-estar animal e sustentabilidade

Seis propriedades possuem o Selo Sustentabilidade Angus, que atesta a adoção de boas práticas sanidade, bem-estar animal e biossegurança

Ao menos seis propriedades de gado Angus possuem o Selo Sustentabilidade Angus, que atesta a adoção de boas práticas em responsabilidade ambiental, social, rastreabilidade, sanidade, bem-estar animal e biossegurança. O projeto foi criado em 2019 pela Associação Brasileira de Angus, que seleciona e credencia as fazendas. 

Entre os requisitos que as propriedades rurais precisam cumprir para adquirir o Selo é ter 100% dos animais rastreados, com pelo menos 50% de sangue Angus. A certificadora alemã Tüv Rheinland  faz as visitas presenciais para verificar se os critérios são seguidos: preservação de vegetação em nascentes e áreas de reserva natural, descarte adequado de embalagens vazias de defensivos agrícolas e medicamentos, proibição de queimadas, plano de recuperação de áreas degradadas, contratação de funcionários devidamente registrados e medidas para reduzir o estresse animal. 

As seis fazendas que possuem o selo no Brasil são a Fazenda Manacá (Patrocínio Paulista/SP), Fazenda Santa Mônica (São João da Ponte/MG), Fazenda Santa Terezinha (Jequitaí/MG), Fazenda Cananéia (Vassouras/RJ), Fazenda Maragogipe (Itaquiraí/MS) e Fazenda 3 Marias (Videira/SC).

Principais resultados

Em Patrocínio Paulista, a Fazenda Manacá produz 90% da alimentação dos dois mil animais – uma dieta baseada em silagem, milho e sorgo. 

“Nós cuidamos de todo o ciclo de vida do animal, desde a criação até o crescimento e a terminação, utilizando um sistema de confinamento. Para garantir a Angus Gold, é necessário que o animal deixe a fazenda antes de completar 24 meses. E para nos ajudar nesse processo, utilizamos tecnologia em todas as fases, intensificando ainda mais a qualidade do nosso produto”, afirma o proprietário  Pompílio Roselli.

Outra fazenda certificada adota o sistema de integração lavoura-pecuária e investe na correção do solo para produzir a alimentação dos animais. Na cabanha São Xavier, em Tupanciretã (RS), a produtividade é de oito cabeças por hectare. O proprietário, Caio Vianna, explica que o resultado é alcançado devido ao investimento em sustentabilidade. 

“Os touros que serão leiloados este ano foram criados utilizando um sistema de pastoreio rotativo, baseado no conceito de recuperação de solo. Nossa abordagem prioriza as questões biológicas e, principalmente, a diversidade de plantas, chegando a utilizar até 12 cultivares diferentes para alimentar o gado, incluindo ervilha, nabo forrageiro, couve Hunter, chicória e trevos, além de alfafa, trigo mourisco, cornichão, centeio, e aveia, dependendo do solo e também do piso forrageiro de base” relata  o criador.

Carne Angus Certificada

A carne Angus é reconhecida pela maciez e suculência. Essas características são resultado de um meticuloso processo de seleção genética, que busca identificar e reproduzir animais com as características ideais para a produção de carne de alta qualidade, segundo a Associação Brasileira de Angus. 

A entidade tem mais de 27 mil produtores cadastrados no Programa Carne Angus Certificada. Em 2023, houve aumento de 8,9% nos abates , 14% na produção e 68% nas exportações. 

Categorias: Sustentabilidade
Tags: Angus, cabanha São Xavier, Fazenda Manacá, pecuária, Selo Sustentabilidade

Matérias relacionadas