Inovação

Tecnologia, internet e pessoas: os desafios para ampliar a conectividade do agro

“Falta de conectividade atrapalha decisões em temo real”, diz especialista; internet alcança 24% da área plantada no Brasil

Mesmo com tecnologia e conectividade, o produtor rural precisa de pessoal para executar as soluções. “O produtor não consegue produzir sem gente. O robô precisa de gente”, pontuou Emerson Crepaldi, diretor de Operações da Solinftec para Brasil e América Latina. Ele participou do painel “Fazendas Conectadas e Inteligentes”, no Estadão Summit Agro, nesta quarta-feira, 13, em São Paulo, evento que discute os desafios do setor.

Para Artur Yabe Milanez, gerente do  Departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustível do BNDES, a agricultura familiar é um gargalo na questão da conectividade. “Precisamos criar modelos de negócios mais interessantes”, afirmou. 

Hoje, o Brasil tem 24% de área plantada com conectividade. “A falta de conectividade impede que se faça gestão de máquinas e agronômica em tempo real. Acaba atrapalhando as decisões em tempo real”, avaliou Eduardo Penha, diretor de Marketing e Comunicação da Case IH para América Latina.

Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da Tim Brasil, afirmou que a empresa levou internet para 18 milhões de hectares de áreas produtivas. “É bastante considerável, mas ainda está aquém dos 60, 70 milhões [de hectares] de área produtiva que temos hoje”, pontuou.

Inteligência Artificial não tem riscos, mas oportunidades

Entre os participantes do painel, há um consenso em relação ao uso da Inteligência Artificial (IA).  “Quando tem muitos dados, como é o caso do Agro, a Inteligência Artificial é mandatória”, destacou Alexandre Dal Forno. “Como você vai analisar em tempo real as informações de dezenas de máquinas trabalhando?”, questionou.

Com isso o produtor rural vê o uso de IA como oportunidade, e não como risco. O executivo da Case avalia que tanto os pequenos, médios e grandes agricultores já entenderam que precisam da tecnologia. “O que temos visto nesses anos com IA é que o produtor aprende a usar, usa muito rápido e não vê como risco”, declarou Eduardo Penha.

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