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O campo que prospera na cidade: descubra o bairro agrícola de São Paulo

Parelheiros, bairro da Zona Sul de São Paulo (SP), possui cerca de 400 produtores rurais que cultivam frutas e hortaliças

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Paloma Santos | Brasília | paloma.santos@estadao.com

02/11/2025 - 05:00

Agricultora Yumi Murakami mantém uma produção familiar a apenas 32 km do centro de São Paulo. Foto: Secretaria Agricultura-SP
Agricultora Yumi Murakami mantém uma produção familiar a apenas 32 km do centro de São Paulo. Foto: Secretaria Agricultura-SP

Em meio a avenidas movimentadas e grandes edifícios, há um lado pouco conhecido da capital paulista: o campo que resiste e prospera dentro da cidade. Pequenos e médios produtores mantêm uma agricultura ativa, sustentável e próxima do consumidor, mostrando que o agro também faz parte da vida urbana.

Localizado no extremo sul da capital paulista, o bairro de Parelheiros possui aproximadamente 400 produtores rurais, que cultivam principalmente frutas e hortaliças, segundo a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo

CONTEÚDO PATROCINADO

Nascida e criada no bairro, Yumi Murakami é produtora de frutas e dá continuidade ao legado da família, seguindo os passos do pai na agricultura. O cultivo, que começou com o plantio de bananas, evoluiu ao longo dos anos e hoje conta com mais de 15 certificações orgânicas, resultado do trabalho sustentável e da dedicação da família à agricultura familiar.

“A produção familiar dentro da cidade de São Paulo é uma vitória. Nós temos o privilégio de estarmos em plena capital, a apenas 32 km do centro, plantando em nossa terra, temos nossa água limpa, mantendo a mata ao redor intacta”, destaca Yumi. 

Presente nas feiras livres orgânicas da capital paulista, Yumi percebe o aumento constante na procura por produtos orgânicos. Segundo ela, os consumidores buscam cada vez mais preservar a saúde e reconhecem a diferença, no sabor e na qualidade, das frutas cultivadas no bairro. Com esse foco, a produtora mantém o compromisso de oferecer alimentos saudáveis, que respeitam o meio ambiente e a tradição da agricultura familiar.

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Já a produtora Roseilda Lima Duarte, do Sítio Bebedouro Agricultura Orgânica, abastece restaurantes, consumidores locais e ainda destina parte de sua produção a projetos sociais e iniciativas de educação ambiental. 

Com apoio de cooperativa, Roseilda produz hortaliças e frutas orgânicas.
Foto: Secretaria Agricultura SP

Com o apoio da Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul de São Paulo (Cooperapas), ela consegue escoar hortaliças e frutas para restaurantes e institutos voltados à produção orgânica. Roseilda também abre as portas do sítio para o turismo pedagógico, recebendo escolas e visitantes interessados em conhecer o cultivo orgânico. Ao final de cada visita, todos levam para casa uma sacola com produtos frescos.

Além de ser uma área rural dentro da zona urbana, a produção em Parelheiros também se destaca pela forma como os produtos chegam ao consumidor. Diferente do caminho que os produtos do interior percorrem, a localização facilita a chegada ao consumidor final, que muitas vezes mora no próprio bairro. 

Atendimento rural e fiscalização

Segundo Lucas Volpato, especialista agropecuário da Diretoria de Assistência Técnica Integral (CATI) em São Paulo, a fiscalização e os aspectos legais das produções em áreas urbanas devem estar em conformidade com a legislação. “Não há restrições para o plantio em zonas urbanas, exceto para culturas mais restritivas, como a laranja. Em geral, a produção deve apenas respeitar a legislação vigente na cidade de São Paulo”, explica Lucas.

A Defesa Agropecuária informa que também atua na capital e realiza a fiscalização das áreas cultivadas com os mesmos critérios aplicados às regiões rurais. Quando se trata de culturas com legislação específica, como banana ou citros, são aplicados os protocolos correspondentes. 

Durante as vistorias, são verificadas a presença e o uso correto de agrotóxicos, as condições de armazenamento, o uso de equipamentos de proteção individual, as receitas agronômicas e os comprovantes de devolução das embalagens vazias. Também é avaliado o estado de conservação do solo, conforme procedimentos técnicos definidos para cada situação.

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