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MG: produtividade do café cresce até 28% com assistência técnica

Estudo comprova ganhos na produtividade e redução de custos nas propriedades de café e leite atendidas pelo ATeG

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

03/06/2025 - 08:00

Petterson, da Fazenda Alcântara, com técnicos do Sistema Faemg/Senar - Foto: Petterson Ribeiro/Arquivo pessoal
Petterson, da Fazenda Alcântara, com técnicos do Sistema Faemg/Senar - Foto: Petterson Ribeiro/Arquivo pessoal

Na Fazenda Alcântara, em Carbonita (MG), no Alto Jequitinhonha, o café já não é mais o mesmo. “Quando começamos, em 2021, nossas lavouras de café tinham baixa produtividade e pouca estrutura”, relembra o cafeicultor Petterson Ribeiro dos Santos. Porém, o cenário mudou. O produtor deixou de colher uma média de 10 sacas por hectare para um previsão de 45 sacas por hectare. Para a safra atual (2024/25) a expectativa é colher um total de 500 sacas. 

A transformação na propriedade de Santos foi possível graças ao Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), promovido pelo Sistema Faemg/Senar-MG. Petterson conta que, mais do que resultados, o programa proporcionou conhecimento a ele. “Hoje, com meu filho atuando ao meu lado, e com o incentivo do Senar, a cafeicultura se fortaleceu como atividade principal da fazenda”, comemora o produtor. 

CONTEÚDO PATROCINADO

Histórias como as de Petterson — com ganhos de produtividade e renda após a assistência técnica — se repetem em várias regiões de Minas Gerais. E isto está comprovado. Uma avaliação independente, feita pela RB Consultoria entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025, confirmou o impacto do programa na transformação da agropecuária mineira. 

Na cafeicultura, das 903 propriedades avaliadas no estudo, verificou-se um aumento médio de 28% na produtividade. Já a produção total cresceu 26%, enquanto o custo operacional por hectare caiu 40%. 

Hoje, o ATeG está presente em 54 mil hectares de lavouras de café em Minas Gerais, com uma produção estimada de 1,7 milhão de sacas por ano, movimentando aproximadamente R$ 4,2 bilhões.

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Setor leiteiro

A cadeira leiteira de Minas Gerais também foi avaliada. O estudo, feito com uma amostra de 915 propriedades assistidas por pelo menos um ano, demonstrou ganhos impressionantes:

  • aumento médio de 11,15% em produção;
  • alta de 5,8% na produtividade média por vaca;
  • ganhos de 20% na margem bruta ajustada de cada produtor.

Uma das propriedades analisadas foi a de Wemerson Ramon. Hoje, a Fazenda 2W, em Monte Azul, no norte do estado, é uma referência na região. Mas nem sempre foi assim. “Antes, a fazenda não tinha essa organização”, garante o criador.

Animais na Fazenda 2W, em Monte Azul: aumento médio de 11,15% em produção – Foto: Wemerson Ramon/Arquivo pessoal

Anteriormente, a fazenda, com genética animal e gado confinado, obtinha uma produção diária de 450 litros. Depois da assistência, o volume dobrou, com expectativa de atingir 1.200 logo mais. “Esse trabalho técnico faz toda a diferença, principalmente na parte de gestão”, enfatiza Ramon.

Em Minas Gerais, a cadeia leiteira movimenta aproximadamente R$ 1 bilhão por ano, com despesas operacionais estimadas em R$ 820 milhões. Somente o programa ATeG acompanha cerca de 5 mil propriedades, responsáveis por uma produção diária de mais de 1 milhão de litros de leite. “O potencial do programa é comparável ao de grandes corporações bilionárias do setor”, avalia o consultor Carlos Renato Brega.

Segundo o presidente do Sistema Faemg/Senar-MG, Antônio de Salvo, o ATeG já atendeu, desde 2016, mais de 38,6 mil propriedades rurais e realizou mais de 699 mil visitas técnicas no estado. “Os produtores passaram a contar com orientação técnica e gerencial estruturada, voltada à eficiência produtiva, ao fortalecimento da gestão estratégica e à ampliação da autonomia financeira”, destaca. 

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