Economia
Volume de defensivos ilegais incinerados no Brasil cai 25% em 2024
Segundo a associação CropLife Brasil, queda é explicada pela redução do número de operações policiais e, consequentemente, de apreensões
Redação Agro Estadão
19/05/2025 - 16:21

O volume de defensivos agrícolas ilegais destinados a incineração no Brasil teve redução de 25% no ano passado, na comparação com 2023. De acordo com a CropLife Brasil (CLB), associação de empresas que atuam em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para produção agrícola sustentável, a queda é explicada pelo menor número de operações policiais e, consequentemente, de apreensões.
Ao todo, foram enviadas para incineração 298,42 toneladas em 2024, contra 390,71 toneladas no ano anterior. “Uma maior fiscalização certamente inibe a prática ilegal. Logo, um menor número de operações impacta o número de apreensões e, consequentemente, de destinações. Há muito ainda a ser feito e o trabalho das autoridades públicas é fundamental”, afirma, em nota, o gerente de combate a produtos ilegais na CropLife Brasil, Nilto Mendes.
Ainda segundo a associação, nos últimos quatro anos, cerca de 1.400 toneladas de defensivos ilegais foram destinadas a incineração. “É extremamente importante que o produtor esteja ciente dos riscos que o uso de insumos ilegais no campo traz tanto para a saúde de quem maneja esses produtos quanto para quem consome o alimento cultivado com esse tipo de substância. Sem mencionar o prejuízo econômico que esses crimes acarretam para a economia brasileira. Por isso, além de conscientizar o produtor rural, apoiamos as forças de segurança”, diz Eduardo Leão, diretor-presidente na CropLife Brasil, também em nota.
Goiás foi o único a ter aumento
O estado de Goiás foi, segundo a CropLife, a única unidade da federação cujo volume cresceu: 350% de incremento ano passado. Foram 67,2 toneladas, contra 15 em 2023. Segundo Nilto Mendes, o estado fica numa posição estratégica entre as fronteiras agrícolas nacionais. “É uma rota de contrabando de defensivos ilegais que passam pela fronteira com o Paraguai, pelo Paraná e Mato Grosso do Sul, e ficam em Goiás ou seguem para o Matopiba”, afirma.
Apesar de ter tido o maior crescimento, Goiás ficou atrás em volume total de outros dois estados: Paraná, que apreendeu 101,35 toneladas em 2024, e São Paulo, que somou 81,67 toneladas.
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