Economia
Você sabe a origem do milho? Conheça a teoria
No Brasil, o milho já era cultivado por povos indígenas antes da colonização, e sua rápida adaptação aos climas e solos brasileiros garantiu sua integração nas práticas agrícolas coloniais
Redação Agro Estadão*
13/01/2025 - 07:11

O milho é uma cultura de importância vital no cenário agrícola global e brasileiro, desempenhando um papel crucial na economia e na história da agricultura.
No Brasil, a produção de milho tem alcançado números impressionantes. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/2025 está prevista para atingir 119,63 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,4% em relação à safra anterior.
Apesar de sua relevância econômica e cultural, a origem exata do milho ainda é envolta em mistério. É importante ressaltar que não existem dados e informações concretas sobre sua origem, apenas teorias baseadas em evidências arqueológicas e genéticas.
A Origem do Milho
A teoria mais aceita sobre a origem do milho aponta para o México como o local mais provável de sua domesticação. Acredita-se que o processo de domesticação tenha ocorrido há cerca de 10 mil anos, a partir de uma planta selvagem chamada teosinto.
O teosinto, considerado o ancestral do milho, ainda cresce naturalmente em algumas regiões do México e da América Central. A sua transformação foi um processo longo e complexo, resultado da seleção artificial realizada por agricultores pré-colombianos.
Esses primeiros cultivadores selecionavam plantas com características desejáveis, como espigas maiores e grãos mais nutritivos. Ao longo de milhares de anos, essa seleção resultou no milho que conhecemos hoje.
Civilizações pré-colombianas, como os astecas, maias e olmecas, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento e na disseminação do milho. Para essas culturas, o milho não era apenas um alimento, mas também um elemento central em suas crenças religiosas e práticas culturais.
Origem do milho no Brasil
No Brasil, a história do milho precede a chegada dos colonizadores europeus. Os povos indígenas já cultivavam e utilizavam o milho em sua alimentação antes do século XVI.
Quando os portugueses chegaram, encontraram diversas variedades de milho sendo cultivadas pelos nativos.
Com a colonização, o milho se integrou rapidamente às práticas agrícolas coloniais. Sua versatilidade e adaptabilidade a diferentes climas e solos contribuíram para sua rápida disseminação pelo território brasileiro.
Primeiras áreas de cultivo
Inicialmente, o cultivo de milho no Brasil estava concentrado em pequenas propriedades, principalmente para subsistência.
As primeiras áreas de cultivo significativo foram estabelecidas no litoral, expandindo-se gradualmente para o interior à medida que a colonização avançava.
O milho desempenhou um papel crucial na alimentação dos colonos e na sustentação de outras atividades econômicas, como a criação de animais.
Sua importância como fonte de alimento e forragem contribuiu para sua rápida adoção e expansão por todo o território nacional.
Evolução do cultivo de milho

O cultivo de milho no Brasil passou por transformações significativas ao longo do tempo. A partir do século XX, a mecanização agrícola e a introdução de novas tecnologias revolucionaram a produção.
A Revolução Verde, iniciada na década de 1960, trouxe avanços importantes, como o uso de fertilizantes químicos e pesticidas, além da introdução de variedades de alto rendimento.
A adoção de sistemas de irrigação também foi um marco importante, permitindo o cultivo em áreas antes consideradas impróprias e aumentando a produtividade em regiões tradicionais.
Melhoramento genético e cultivares
O melhoramento genético teve um impacto profundo no cultivo de milho. O desenvolvimento de cultivares híbridos, iniciado na década de 1920, resultou em um aumento significativo da produtividade.
Esses híbridos combinavam características desejáveis de diferentes linhagens, produzindo plantas mais vigorosas e produtivas.
Mais recentemente, a introdução de cultivares transgênicos trouxe novas possibilidades. Essas variedades geneticamente modificadas oferecem resistência a pragas e herbicidas, contribuindo para o aumento da produtividade e a redução do uso de pesticidas.
Importância econômica do milho
O milho desempenha um papel crucial na economia brasileira. Além de ser um importante produto de exportação, ele é fundamental para diversos setores da indústria nacional.
A produção de rações para animais, por exemplo, depende fortemente do milho, impactando diretamente a indústria de carnes.
O setor de biocombustíveis também se beneficia significativamente da produção de milho. O etanol de milho tem ganhado espaço como uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, impulsionando ainda mais a demanda por este cereal.
Na alimentação humana, ele é usado na forma de grãos, farinha, óleo e como ingrediente em diversos produtos industrializados. Na alimentação animal, é um componente essencial de rações para aves, suínos e bovinos.
Na indústria, o milho é utilizado na produção de amido, xarope de glicose, e uma variedade de outros produtos. Seu uso na produção de etanol tem crescido significativamente, contribuindo para a matriz energética renovável do país.
Desafios e oportunidades para produtores

Os produtores de milho enfrentam diversos desafios, incluindo as mudanças climáticas, que podem afetar a produtividade e a qualidade das safras. O manejo de pragas e doenças também é uma preocupação constante, exigindo estratégias integradas de controle.
A necessidade de práticas agrícolas mais sustentáveis é outro desafio importante. Os produtores estão cada vez mais conscientes da importância de técnicas que preservem o solo e os recursos hídricos, como o plantio direto e a rotação de culturas.
Por outro lado, as oportunidades são promissoras. A crescente demanda global por alimentos e biocombustíveis oferece perspectivas positivas para o mercado de milho.
Inovações tecnológicas, como a agricultura de precisão e o uso de drones, estão abrindo novas possibilidades para aumentar a eficiência e a produtividade.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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