SIAL China teve mais de 6 mil expositores de todo o mundo; Brasil participou com 50 empresas de alimentos e bebidas
Mais de 50 empresas brasileiras participaram da SIAL China, considerada a maior feira de alimentos e bebidas da Ásia, que terminou nesta quinta-feira, 30, em Xangai. O Brasil esteve em três dos 14 pavilhões do evento, que são distribuídos por setor de produção, com mais de seis mil expositores. A delegação viajou com a ApexBrasil em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A China é o principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro, sendo o destino de 36,1% das exportações do setor. Só em carne bovina, por exemplo, o Brasil exportou 101 mil toneladas para o país asiático, o que representa uma receita de U$ 454 milhões.
A gerente nacional do programa Carne Angus, Ana Doralina Menezes, lembra que a China foi destino de 43% das exportações de carne Angus em 2023 e que há potencial para crescimento.
“Nós vemos, aqui, um consumidor e um mercado ávidos por carne bovina, buscando muitas informações, mas ainda aprendendo a consumir o produto. É um consumidor que está sendo educado quanto à qualidade, origem e à segurança desse produto”, afirmou Ana Doralina ao Agro Estadão.
No pavilhão da avicultura e suinocultura, empresas brasileiras apresentaram produtos e a tecnologia usada na produção. O diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, comentou em vídeo enviado ao Agro Estadão o volume de exportações do Brasil para a China.
“Mais de 50% da carne de aves que a China compra sai do Brasil. Em relação aos suínos, o Brasil é responsável por 20% do que a China consome”, disse Rua.
Nas redes sociais, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária destacou a participação do Brasil no evento. “Mais uma excelente oportunidade para explorar novas tendências e fazer conexões importantes no mercado global de alimentos”, escreveu Roberto Perosa.
Em 2024, as relações bilaterais entre Brasil e China completam 50 anos, enquanto a Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação) faz 20 anos. O vice-presidente Geraldo Alckmin participará da sessão entre os dias 5 e 6 de junho, em Pequim. Depois, segue em missão com outros ministros e empresários em eventos na China e Arábia Saudita.
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