Ao proibir pesca comercial de três subespécies de tucunaré, o governo do Amazonas pretende incentivar o turismo de pesca esportiva
O governo do Amazonas proibiu a pesca comercial de três subespécies de tucunaré no estado, em qualquer época do ano: o Tucunaré-açu (Cichla temensis), o Tucunaré-vazzoleri (Cichla vazzoleri) e o Tucunaré-pinima (Cichla pinima). O objetivo é favorecer a recuperação da espécie e fortalecer o segmento de pesca esportiva. A decisão, sancionada no último dia 28 de novembro, altera a Lei n.º 6.647/2023 que estabelece diretrizes e incentivos à pesca do tucunaré.
Segundo o secretário de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Daniel Borges, a pesca esportiva é um importante vetor econômico que garante recursos para muitas famílias amazonenses, principalmente no interior do estado.
“A curto prazo, a lei traz benefícios à espécie. Em médio e longo prazo o benefício é para pescas esportivas e para o turismo em todo o nosso estado. Com o repovoamento dos nossos rios com tucunarés, a pesca esportiva vai crescer e trazer desenvolvimento aos nossos agricultores, que nas entressafras se dedicam à pesca esportiva”, enfatizou em nota.
De acordo com a Sepror, muitas famílias do interior do Amazonas já conhecem as curvas sinuosas dos rios amazônicos e as entradas e saídas dos lagos e igarapés. Por isso, a pesca esportiva se tornou uma fonte de emprego e renda, seja na condução dos pescadores, a maioria turistas, ou atendendo as equipes em terra firme em pousadas e restaurantes.
Além da proteção das três subespécies de tucunaré, a norma também cria um Fundo Estadual de Incentivo à Pesca Esportiva (Feipe). O objetivo é implementar ações que promovam a pesca esportiva no estado, além de compensar as restrições ao abate de peixes.
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