Economia
Onde ficam as sementes das bananas?
As bananas comerciais não têm sementes viáveis devido à seleção artificial e partenocarpia, ao contrário das bananas selvagens que são repletas de sementes duras

Redação Agro Estadão*
05/04/2025 - 08:00

A banana é uma das frutas mais populares e consumidas no mundo, no entanto, muitas pessoas se perguntam: onde ficam suas sementes? Esta é uma questão intrigante que revela muito sobre a evolução e o cultivo dessa fruta tão apreciada.
Para os produtores rurais e entusiastas da agricultura, compreender a reprodução das bananeiras é fundamental para o manejo eficiente e a produção sustentável.
Ao contrário do que muitos pensam, as bananas que consumimos diariamente não são exatamente como suas ancestrais selvagens. A evolução da banana através da seleção artificial resultou em frutas sem sementes visíveis, o que as torna mais atrativas para o consumo humano.
A verdade sobre as sementes das bananas
A realidade sobre as sementes das bananas é fascinante e revela muito sobre a intervenção humana na natureza.
As bananas comerciais que encontramos nos supermercados e feiras são, na verdade, estéreis e não possuem sementes viáveis. Isso é resultado de um longo processo de seleção artificial e melhoramento genético.
As bananas selvagens, por outro lado, são repletas de sementes duras e não comestíveis. Essas sementes podem ser tão grandes quanto ervilhas e ocupar grande parte da fruta, tornando-a praticamente incomestível.
Ao longo de milhares de anos, os agricultores selecionaram mutações naturais que produziam frutas com menos sementes e mais polpa, até chegarem às variedades atuais.
O fenômeno responsável pelo desenvolvimento de frutas sem a necessidade de fertilização é chamado de partenocarpia. Nas bananas cultivadas, o ovário da flor se desenvolve em um fruto sem que ocorra a polinização. Isso resulta em uma fruta sem sementes, composta principalmente de polpa comestível.
Esta característica das bananas comerciais tem implicações importantes para o cultivo. Como não podem se reproduzir por sementes, as bananeiras são propagadas vegetativamente, geralmente através de brotos que surgem do rizoma da planta-mãe.
Esse método de reprodução assexuada garante que todas as plantas de uma plantação sejam geneticamente idênticas, o vantajoso para a produção em larga escala, mas também torna as culturas mais vulneráveis a doenças.
E onde ficariam as sementes das bananas comestíveis?

Embora as bananas que consumimos não tenham sementes viáveis, ainda é possível identificar vestígios de onde elas estariam se a fruta fosse fértil.
Ao cortar uma banana ao meio longitudinalmente, podemos observar pequenos pontos pretos alinhados no centro da polpa. Esses pontos são, na verdade, óvulos não desenvolvidos.
A estrutura interna de uma banana comestível é composta por:
Casca: a parte externa que protege a fruta e muda de cor conforme o amadurecimento.
Polpa: a parte comestível, rica em nutrientes e responsável pelo sabor característico.
Óvulos não desenvolvidos: os pequenos pontos pretos no centro, que seriam as sementes em uma banana selvagem.
Em bananas selvagens ou em algumas variedades semi-selvagens, esses óvulos se desenvolveriam em sementes duras e escuras.
No entanto, nas bananas comerciais, eles permanecem pequenos e não desenvolvidos, sendo praticamente imperceptíveis ao comer a fruta.
É interessante notar que, mesmo sem sementes viáveis, as bananas mantêm essa estrutura vestigial. Isso nos lembra da origem selvagem dessas frutas e do longo processo de domesticação que as transformou no alimento que conhecemos hoje.
A ausência de sementes nas bananas comerciais é um exemplo fascinante de como a agricultura e a seleção artificial podem modificar profundamente as características de uma planta.
Essa modificação não apenas tornou as bananas mais palatáveis e convenientes para o consumo humano, mas também alterou fundamentalmente o modo como essas plantas se reproduzem e são cultivadas.
Para os produtores rurais, entender essa peculiaridade das bananas é crucial. O cultivo de bananeiras requer técnicas específicas de propagação e manejo, diferentes das utilizadas em plantas que se reproduzem por sementes.
Além disso, a falta de diversidade genética nas plantações comerciais de banana apresenta desafios únicos em termos de resistência a doenças e adaptação a mudanças ambientais.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
Já conhece a cidade brasileira onde é primavera o ano todo?
2
A planta que parece veneno, mas é usada como remédio há gerações
3
Israel x Irã: como o conflito afeta o agro do Brasil?
4
Você usa gergelim e nem sabe tudo que ele pode fazer pela sua saúde
5
Você já provou Araticum? Fruta cheirosa e 100% brasileira
6
A fruta milenar que é considerada o caramelo da natureza

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Economia
Malásia abre mercado para subproduto de origem bovina
Brasil vendeu para país asiático mais de US$ 1 bilhão em produtos agropecuários no ano passado

Economia
OIC: exportação mundial de café em maio aumenta 5%, para 12,65 milhões de sacas
No acumulado dos 8 meses do ano comercial, os embarques somaram 91,29 milhões de sacas

Economia
Exportação de soja em junho cai 3,9% em volume e 12,5% em receita, afirma Secex
No acumulado de janeiro a junho de 2025, foram exportados 64,95 milhões de toneladas de soja em grão, com receita de US$ 25,45 bilhões

Economia
Abiec: receita cambial com carne bovina atinge US$ 1,428 bilhão em junho
A carne in natura respondeu por 91,9% da receita de junho, com US$ 1,31 bilhão e 241 mil toneladas
Economia
Cade dá prazo para Marfrig e BRF se manifestarem sobre recurso contra fusão
A companhia Minerva contestou a aprovação sem restrições da operação, alegando riscos concorrenciais
Economia
Receita com as exportações de carne de frango cresce 5% no 1º semestre
As restrições nas exportações após o caso de gripe aviária frearam o crescimento e derrubaram os números de junho
Economia
Receita com exportação de café em junho cresce 17,7%
O total dos embarques chegou a US$ 1,024 bilhão no mês passado
Economia
Ainda atrasada, colheita da safrinha de milho atinge 28% no Centro-Sul
Levantamento da AgRural aponta que produtividades continuam excelentes em Mato Grosso