IBPecan solicita mais de 262 milhões de socorro aos produtores do RS

O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), que representa os produtores de noz-pecã, solicitou mais de 262 milhões para socorrer o setor no Rio Grande do Sul. O pedido foi encaminhado aos governos estaduais e federais. 

No ofício, a entidade diz que, apesar de, ainda não ser “possível mensurar as perdas totais do setor, tendo havido prejuízos, principalmente, quanto à produtividade e a qualidade das nozes”, estima-se uma redução de 80% na produção brasileira. 

Antes das enchentes que atingiram o maior estado produtor de noz-pecã do país, a safra prevista girava em torno de 5 mil toneladas, agora, a estimativa é de 1 mil toneladas. 

O documento divide as necessidades dos pecanicultores em quatro diferentes pleitos: 

1. A criação de uma linha de financiamento para reconstrução dos pomares: são pouco mais de R$ 112 milhões, frente a um investimento estimado de R$ 1,2 bi, levando em consideração o tempo médio de sete anos para maturação de uma pomar. 
2. Qualificação dos produtores, profissionais e de boas práticas: prevê a criação de um fundo para que Embrapa, Emater e Universidades possam orientar e qualificar os produtores nessa fase de reconstrução. O valor total estimado é de R$ 50 milhões, sendo R$ 20 mi para uso imediato e o restante para médio prazo. 
3. A criação de uma linha de financiamento para reconstrução do capital de trabalho: o valor pedido é de mais de R$ 65 milhões, com cinco anos de prazo de amortização. 
4. Foco na indústria: prevê linhas de financiamento para uso imediato da indústria na recomposição do capital de trabalho, além da prorrogação do vencimento das linhas de custeio de amortização dos investimentos que vencem em 2024.

Antes de encaminhar aos governantes os pleitos da categoria, o IBPecan mostrou os dados em reunião extraordinária da Câmara Setorial da Noz-Pecã, realizada na quarta-feira, 29 de maio.