Galinha-d’angola: o segredo para eliminar pragas e lucrar | Agro Estadão
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Galinha-d’angola: o segredo para eliminar pragas e lucrar na sua fazenda

Além do controle de pragas, a galinha-d’angola se destaca pelo potencial gastronômico, com carne comparada à do faisão

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

28/04/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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Consegue imaginar ter um aliado na luta contra pragas e ainda uma fonte de renda extra na sua propriedade? Pois bem, apresentamos a você a galinha-d’angola, uma ave versátil que vem ganhando cada vez mais espaço nas fazendas e sítios brasileiros.

Conhecida por seu característico canto estridente e sua plumagem pintada, essa ave africana tem muito mais a oferecer do que apenas sua aparência exótica.

O que é a galinha-d’angola e por que criá-la?

A galinha-d’angola (numida meleagris), também chamada por diversos nomes como guiné, faraona ou capote, é uma ave originária do continente africano, trazida ao Brasil pelos portugueses durante o período colonial. 

Hoje, essa ave rústica se adapta bem a diferentes climas e é criada em todo o território nacional, especialmente em pequenas e médias propriedades. Integrante da ordem Galliformes e da família Numididae, a galinha-d’angola adulta mede entre 53 e 58 centímetros e pesa de 1,3 a 2 quilos. 

Dotada de hábitos diurnos e grande atividade, vive em grupos e pode coexistir harmoniosamente com outras aves. Sua alimentação é variada, incluindo grãos, pastagens, verduras, insetos, formigas e até pequenas cobras.

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A reprodução da galinha-d’angola ocorre principalmente na primavera, com a fêmea depositando de 6 a 12 ovos por ninhada, que são incubados por aproximadamente 25 dias. Quando criadas soltas, costumam esconder seus ninhos em locais de difícil acesso. 

Do ponto de vista socioeconômico, a galinha-d’angola se destaca por sua carne saborosa, comparada à do faisão, sendo apreciada na alta gastronomia. Seus ovos também são consumidos, de maneira similar aos de galinha comum, embora sua produção seja geralmente menor e mais destinada ao consumo familiar ou a mercados locais. 

Além do valor gastronômico, essa ave também é criada para fins ornamentais, devido à sua beleza exótica e peculiar.

Elas também possuem um papel no controle natural de pragas. Essas aves são verdadeiras predadoras de insetos e pequenos animais indesejados, como escorpiões e carrapatos, que podem causar problemas para o gado. 

Ao incluir a galinha-d’angola em sua propriedade, você estará implementando um método ecológico e eficiente de controle de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos.

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Além disso, esses animais são excelentes “vigilantes”. Seu canto alto e característico serve como um alerta natural contra predadores e intrusos, oferecendo uma camada extra de segurança para sua propriedade. 

Raças de galinha-d’angola

Foto: Adobe Stock

Embora todas as raças compartilhem características comuns, cada uma tem suas particularidades que podem influenciar na produção e no manejo.

A raça Comum, também conhecida como Pintada ou Pearl, é a mais difundida no Brasil. Caracteriza-se pela plumagem cinza com pintas brancas, sendo reconhecida por sua rusticidade e adaptabilidade. Esta raça é uma excelente opção para quem busca uma ave resistente e de fácil manejo, ideal para o controle de pragas e produção de carne.

A galinha-d’angola Branca, como o nome sugere, possui plumagem inteiramente branca. Além de seu valor ornamental, esta raça é apreciada pela qualidade de sua carne, que é considerada mais macia. 

Já a raça Lavanda apresenta uma plumagem de tom azulado ou acinzentado claro. Esta variedade é menos comum, mas vem ganhando popularidade entre os criadores. A Lavanda é conhecida por sua boa produção de ovos e carne de qualidade.

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Para quem busca uma produção voltada principalmente para o corte, a raça Jumbo é uma excelente opção. Desenvolvida para ter um porte maior, essa variedade oferece um rendimento de carne superior às demais. No entanto, requer um manejo mais cuidadoso devido ao seu tamanho.

Como iniciar a criação

Planejamento da criação

O primeiro passo é definir claramente o objetivo da sua criação. Você pretende comercializar a carne ou os ovos? Ou talvez seu foco seja no controle de pragas em sua propriedade? 

Definir esse objetivo ajudará nas decisões subsequentes, como a escolha da raça e o dimensionamento da criação.

Calcule o espaço necessário para sua criação. São aves que apreciam espaço para se movimentar. Uma boa regra é prever cerca de 3 a 4 metros quadrados por ave em um sistema semi-intensivo. 

Com o objetivo e o espaço definidos, você poderá escolher a raça mais adequada, conforme discutimos anteriormente.

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Construção e preparação das instalações

Foto: Adobe Stock

As instalações podem variar de acordo com o sistema de criação escolhido. O sistema semi-intensivo, que combina um abrigo fechado com área de pastejo, é geralmente o mais recomendado. 

Neste sistema, as aves têm proteção contra predadores e intempéries, além de espaço para expressar seus comportamentos naturais.

O abrigo deve ser bem ventilado, protegido contra chuva e vento, e oferecer espaço suficiente para todas as aves se abrigarem confortavelmente. Instale poleiros para que as aves possam descansar elevadas do chão, o que é um comportamento natural delas.

Equipamentos essenciais incluem comedouros e bebedouros adequados ao tamanho das aves. Para a produção de ovos, providencie ninhos confortáveis e protegidos. 

Lembre-se de que a higiene é fundamental: todas as instalações devem ser de fácil limpeza para manter a saúde do plantel.

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Aquisição das aves

Ao adquirir suas primeiras galinhas-d’angola, procure criadores especializados ou feiras agropecuárias reconhecidas. Isso ajuda a garantir a qualidade e a saúde das aves. Observe atentamente o comportamento e a aparência das aves: elas devem estar ativas, com olhos brilhantes e plumagem bem cuidada.

O transporte das aves deve ser feito em caixas apropriadas, com ventilação adequada e proteção contra o estresse da viagem. Evite transportar as aves nas horas mais quentes do dia e forneça água assim que chegarem ao seu destino.

Por fim, lembre-se de que cada propriedade é única, e pode ser necessário adaptar algumas práticas à sua realidade específica. Não hesite em buscar orientação de profissionais especializados, como veterinários e zootecnistas, para otimizar sua criação.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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