Economia

Frentes do setor produtivo cobram leis mais duras contra fraudes após ‘Carbono Oculto’

Entidades querem urgência do Congresso Nacional para aprovar projetos de lei que endurecem a fiscalização no setor de combustíveis

Em apoio à megaoperação Carbono Oculto, que revelou o enorme prejuízo causado pelo crime organizado no setor de combustíveis, as frentes parlamentares do Biodiesel (FPBio), da Agropecuária (FPA), do Empreendedorismo (FPE) e do Etanol reforçam a urgência do Congresso Nacional em aprovar os projetos de lei que endurecem a fiscalização no segmento e combatem o crime organizado.

Em comunicados, as entidades reiteram que, diante da extensão da operação, que identificou a movimentação de mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024 no mercado ilegal e prejuízos de ao menos R$ 7,6 bilhões aos cofres públicos, os seguintes projetos são prioridades:

Além disso, segundo as Frentes, é indispensável ampliar o orçamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), garantindo mais estrutura de fiscalização e inteligência. “Sem esse reforço legal e institucional, as operações policiais não serão suficientes para desmontar as engrenagens financeiras das facções”, afirma a nota. 

As frentes signatárias dizem ainda que dialogam com todos os segmentos da cadeia de combustíveis, “o que resultou, inclusive, na doação de equipamentos de fiscalização à ANP, fortalecendo a estrutura da agência e contribuindo diretamente para o combate às irregularidades.”

“Por fim, diante da gravidade dos fatos, o Congresso Nacional tem agora a oportunidade e a responsabilidade de agir com celeridade. A sociedade não pode continuar pagando a conta de criminosos que corroem a concorrência leal, a arrecadação pública e a confiança do consumidor”, conclui o comunicado. 

O comunicado é assinado por: 

– Dep. Alceu Moreira, presidente da FPBio

– Dep. Pedro Lupion, presidente da FPA

– Dep. Arnaldo Jardim, vice-presidente da FPE

– Dep. Zé Vítor, presidente da Frente Parlamentar do Etanol