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Economia

Conheça a farinha que aumenta a produtividade e a qualidade na lavoura

A farinha de peixe transforma resíduos em lucro, oferecendo ao produtor rural uma solução completa para fertilização e nutrição animal

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Redação Agro Estadão*

28/06/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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Você conhece a farinha de peixe? Este subproduto da indústria pesqueira tem ganhado destaque por sua versatilidade e alto valor nutricional, revolucionando tanto a fertilização do solo quanto a nutrição animal.

Um exemplo dessa inovação vem da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarin (Epagri), que desenvolveu um biofertilizante à base de farinha de peixe. Em Luiz Alves (SC), este produto elevou significativamente a produtividade de morangos, demonstrando o potencial transformador deste insumo na agricultura moderna.

O que é a farinha de peixe?

A farinha de peixe é um produto comercial obtido através do processamento de peixes inteiros ou de resíduos da indústria pesqueira, como cabeças, vísceras e espinhas. Este processo visa o aproveitamento integral do pescado, transformando o que antes era descartado em um valioso insumo para a agricultura e pecuária.

A importância da farinha de peixe para o produtor rural reside em sua riqueza nutricional excepcional. Este produto concentra uma alta quantidade de proteínas de fácil digestão, aminoácidos essenciais e ácidos graxos poli-insaturados, com destaque para o Ômega 3. 

Além disso, é um excelente biofertilizante que ajuda na produtividade e na qualidade dos alimentos.

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Farinha de peixe como biofertilizante

O uso da farinha de peixe como biofertilizante representa uma inovação sustentável na agricultura. Biofertilizantes são produtos orgânicos que fornecem nutrientes de forma gradual e natural ao solo. A farinha de peixe se destaca nesta categoria por sua composição rica e balanceada.

Quando aplicada ao solo, a farinha de peixe se decompõe lentamente, liberando nitrogênio, fósforo, potássio e micronutrientes essenciais para as plantas. 

Este processo de liberação gradual evita a perda de nutrientes por lixiviação, comum em fertilizantes sintéticos, garantindo um fornecimento constante de nutrientes ao longo do ciclo de cultivo.

A matéria orgânica presente na farinha de peixe contribui significativamente para a melhoria da estrutura do solo. Ela aumenta a capacidade de retenção de água, melhora a aeração e cria um ambiente propício para o desenvolvimento de microrganismos benéficos. 

Estes microrganismos, por sua vez, promovem um solo mais saudável e fértil, favorecendo o crescimento vigoroso das raízes.

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O uso da farinha de peixe como biofertilizante pode ser feito de diversas formas. Ela pode ser incorporada diretamente ao solo, utilizada na compostagem ou preparada como extrato líquido para fertirrigação. 

Cada método oferece vantagens específicas, adaptando-se às necessidades de diferentes culturas e sistemas de produção. O produto desenvolvido pela Epagri em SC ilustra o potencial deste biofertilizante.

Vilma Fontanive Reichert produz morangos em SC com o biofertilizante. Foto: SecomGOVSC/Divulgação

Nos pomares de morangos, além de fertilizar, ele auxiliou no combate a doenças e afastou pragas. A técnica também garantiu maior produtividade e frutos de melhor qualidade.

Farinha de peixe na alimentação animal

Além de seu uso como biofertilizante, a farinha de peixe desempenha um papel fundamental na nutrição animal.

A farinha de peixe pode ser utilizada como ingrediente na alimentação de diversas espécies, com algumas restrições importantes:

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Permitida para: peixes, camarões, aves, suínos, cães e gatos. É um ingrediente valorizado nessas rações por seu alto teor proteico e presença de ácidos graxos poli-insaturados, como ômega 3 e 6.

Proibida para: ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos, etc.), conforme a legislação brasileira, devido ao risco sanitário relacionado à transmissão de encefalopatias espongiformes transmissíveis

Farinha de peixe
Foto: Adobe Stock

Este benefício não apenas melhora o bem-estar animal, mas também contribui para uma produção mais sustentável e alinhada com as demandas dos consumidores por produtos mais naturais.

A inclusão da farinha de peixe na dieta animal pode impactar positivamente a qualidade dos produtos finais. 

Carnes e ovos de animais alimentados com rações contendo farinha de peixe tendem a apresentar um perfil nutricional melhorado, especialmente em termos de ácidos graxos benéficos à saúde humana.

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Para garantir a segurança e a qualidade da farinha de peixe utilizada, é fundamental que os produtores adquiram o produto de fornecedores que sigam rigorosamente as normas e legislações vigentes. 

A Instrução Normativa nº 34, de 28 de maio de 2008, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estabelece diretrizes importantes para o registro e controle de produtos destinados à alimentação animal, incluindo a farinha de peixe.

A rastreabilidade do produto é outro aspecto fundamental para o produtor rural. Conhecer a procedência da farinha de peixe e garantir sua conformidade com as exigências sanitárias é essencial para manter a qualidade e a segurança da produção.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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