Economia

Emergência fitossanitária da monilíase do cacau é prorrogada por mais um ano

Em vigor desde 2021, medida alcança quatro estados da região Norte

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) aumentou a vigência do status de emergência fitossanitária com relação ao risco de introdução da monilíase do cacau. A medida abrange os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e, desde o ano passado, o Pará. A prorrogação de mais um ano e começa a valer a partir do próximo dia 5 de agosto. 

O primeiro caso da doença em território nacional foi detectado em 2021, época em que a emergência foi declarada. De lá para cá, essa é a quarta prorrogação, que agora deve durar até meados de 2026. Na prática, o status aumenta o sistema de alerta e fiscalização nesses estados. 

A monilíase é causada por um fungo que ataca o fruto do cacaueiro. Por isso, é um praga que pode afetar a produção de cacau, ou seja, com impacto comercial severo, podendo dizimar 100% dos frutos de uma área que não teve medidas de controle. Os esporos do fungo são as formas de disseminação da doença. O vento age como agente disseminador em distâncias curtas, por exemplo, dentro da própria lavoura. Já o transporte de frutos contaminados é considerado a principal forma de levar a doença para outras áreas. 

Além do cacaueiro, esse fungo pode infectar o cupuaçuzeiro e outras árvores dos gêneros Theobroma e Herrania, que são comuns na região amazônica. No cacau, a infecção pode acontecer em qualquer período do fruto, que apresenta características como pequenos inchaços ou caroços na casca e manchas cor chocolate.