Economia
Confira o tipo de capim ideal para cada animal
Selecione o melhor capim de acordo com o clima, solo e a espécie animal
Redação Agro Estadão*
30/11/2024 - 09:00
A escolha do capim adequado é um fator determinante para o sucesso da produção pecuária brasileira.
A seleção deve considerar diversos fatores, como as condições climáticas da região, características do solo, finalidade da criação e, principalmente, as necessidades específicas de cada espécie animal.
Segundo dados da Embrapa, as pastagens cultivadas no Brasil cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, e a seleção apropriada das forrageiras pode impactar diretamente a produtividade e rentabilidade do rebanho.
Tipos de capim para bovinos
Tipos de capim para gado de corte (cria, recria e engorda)
O manejo adequado das pastagens para gado de corte é fundamental para garantir o desenvolvimento dos animais em todas as fases de criação.
Capins recomendados:
- Brachiaria brizantha (Marandu): Excelente para engorda, com alta produção de massa verde e boa resistência à seca
- Brachiaria decumbens: Ideal para cria e recria, adaptada a solos menos férteis e com boa cobertura do solo
- Capim Tanzânia: Ótimo para engorda intensiva, com alto teor proteico e boa palatabilidade
- Mombaça: Elevada produção de forragem e adaptação a diferentes tipos de solo
- BRS Paiaguás: Excelente opção para período seco, mantendo a qualidade nutricional
Tipos de capim para gado de leite
A produção leiteira exige forrageiras de alta qualidade nutricional para suportar uma boa produção de leite. O manejo deve ser mais intensivo e cuidadoso, considerando a maior exigência nutricional das vacas em lactação.
Capins recomendados:
- Tifton 85: Alto teor de proteína (até 18%) e excelente digestibilidade
- Coastcross: Ótima opção para pastejo e produção de feno, com boa resistência ao pisoteio
- Mombaça: Alta produção de massa verde e bom teor proteico
- Jiggs: Excelente para feno e pastejo, com rápida recuperação após corte
- Estrela-africana: Boa cobertura do solo e resistência ao pastejo intensivo
O sucesso na criação de bovinos está diretamente relacionado ao manejo adequado das pastagens. A Embrapa recomenda a adoção de práticas como o pastejo rotacionado, que permite melhor aproveitamento da forragem e recuperação adequada do pasto.
Tipos de capim para equinos
Capins para cavalos de esporte e lazer
Os equinos são animais altamente seletivos e sensíveis em relação à alimentação. Por isso, a escolha do capim adequado é especialmente importante para garantir a saúde e o desempenho destes animais, principalmente quando forem cavalos atletas ou de alto valor genético.
Capins recomendados:
- Tifton 85: Excelente para feno e pastejo, com alto valor nutricional
- Coastcross: Ideal para cavalos atletas, com boa digestibilidade
- Coast Bermuda: Ótima opção para haras, com baixo risco de problemas digestivos
- Rhodes: Boa palatabilidade e seguro para equinos
- Hemártria: Excelente cobertura do solo e resistência ao pisoteio
Capins para criação de equinos a pasto
A criação de equinos em regime de pastejo requer atenção especial à resistência e persistência das forrageiras, uma vez que estes animais têm um comportamento de pastejo diferente dos bovinos, com maior seletividade e tendência a formar áreas de rejeição.
O pisoteio intenso em determinados locais também exige capins mais resistentes e com boa capacidade de recuperação.
Capins recomendados:
Jiggs: Excepcional resistência ao pisoteio e rápida recuperação
Hemártria: Excelente cobertura do solo e tolerância a solos úmidos
Estrela-africana: Alta persistência e adaptação a diferentes tipos de solo
Tifton 68: Boa tolerância ao pastejo e qualidade nutricional
Pensacola: Ideal para regiões mais frias e resistente ao pisoteio
O manejo de pastagens para equinos requer cuidados específicos devido ao comportamento alimentar característico da espécie.
É fundamental manter um programa rigoroso de controle de plantas tóxicas, pois os cavalos são particularmente sensíveis a diversas espécies vegetais.
O sistema de pastejo rotacionado deve ser implementado com piquetes menores e períodos de descanso adequados, permitindo a recuperação do pasto e o controle de parasitas.
A altura do pastejo deve ser monitorada constantemente, mantendo-se entre 15 e 20 centímetros para a maioria das espécies forrageiras, evitando tanto o sobrepastejo quanto o subpastejo.
Tipos de capim para caprinos e ovinos
Capins para produção de carne e leite em caprinos e ovinos
Os pequenos ruminantes apresentam características únicas de pastejo, com preferência por forragens mais tenras e capacidade de selecionar partes mais nutritivas das plantas.
O manejo adequado das pastagens para estas espécies deve considerar estas particularidades para maximizar a produção.
Capins recomendados:
- Tanzânia: Excelente para pastejo, com boa relação folha/colmo
- Massai: Ideal para caprinos e ovinos, com folhas mais finas e maior densidade
- Aruana: Ótima opção para sistemas intensivos, com boa produção de massa
- Tifton 85: Excelente para feno e pastejo direto
- Panicum maximum cv. BRS Tamani: Porte baixo e alta qualidade nutricional
A nutrição adequada de caprinos e ovinos em pastagem requer atenção especial à qualidade da forragem disponível. A suplementação mineral específica é fundamental, considerando as diferentes exigências destas espécies em comparação com bovinos.
O pastejo rotacionado é altamente recomendado, com períodos de ocupação curtos (três a cinco dias) e períodos de descanso adequados (21 a 35 dias, dependendo da espécie forrageira e época do ano).
Em períodos críticos, como época seca ou fase de maior exigência nutricional (gestação e lactação), pode ser necessária a suplementação com concentrados ou volumosos conservados.
A importância da adaptação ao solo e clima
A escolha das forrageiras deve considerar cuidadosamente as características edafoclimáticas da região. Segundo pesquisas da Embrapa, a adaptação do capim às condições locais é fundamental para o sucesso da pastagem e, consequentemente, da produção animal.
Para solos arenosos:
- Brachiaria decumbens
- Massai
- Andropógon
- Buffel
Para solos argilosos:
- Mombaça
- Tanzânia
- BRS Zuri
- Tifton 85
Para áreas úmidas:
- Humidícola
- Tangola
- Hemártria
- Estrela-africana
Para regiões secas:
- Buffel
- Andropógon
- BRS Paiaguás
- Massai
Por fim, é importante ressaltar que o sucesso na produção animal a pasto não depende apenas da escolha correta da forrageira, mas também de um conjunto de práticas que incluem:
- Análise e correção do solo
- Estabelecimento adequado da pastagem
- Manejo correto do pastejo
- Suplementação estratégica quando necessário
- Monitoramento constante da produção e qualidade do pasto
Para implementar ou renovar pastagens em sua propriedade, procure sempre a assistência técnica local (Emater, cooperativas ou consultores especializados) para receber orientações específicas para sua região e sistema de produção.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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