Preços da oleaginosa sobem no mercado doméstico, enquanto cotações do milho recuam quase 2% no comparativo mensal
Após atingirem as maiores médias do ano, em junho, de R$ 138,92/sc 60 kg (Indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá), as cotações da oleaginosa encerraram a primeira semana de julho com a saca a R$ 141,37, valorização mensal de 1,02%.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o impulso parte da firme demanda internacional pelo produto brasileiro e da valorização externa. Além disso, uma parcela de sojicultores tem se mostrado resistente em comercializar grandes volumes, na expectativa de que a taxa cambial elevada continue favorecendo as exportações e, consequentemente, os preços do grão no Brasil.
No acumulado do primeiro semestre, os embarques de soja somaram 64,13 milhões de toneladas, um recorde para o período e 2,2% superior ao volume escoado em intervalo equivalente de 2023, de acordo com análise do centro de estudos a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Já os preços do milho iniciaram julho intensificando o movimento de queda. No fechamento da primeira semana do mês, a saca (60 kg) do grão terminou a sexta-feira cotada a R$ 56,11, uma queda de 1,94%, segundo dados do Indicador do Milho Esalq/BM&FBovespa.
Conforme pesquisadores do Cepea, a pressão é oriunda do aumento da oferta do cereal no spot, com o bom andamento da colheita do milho segunda safra, e das desvalorizações externas. Ainda de acordo com o centro de estudos, muitos consumidores brasileiros estão evitando adquirir grandes volumes, priorizando o recebimento de lotes negociados antecipadamente à espera de novas desvalorizações.
Do lado dos vendedores, segundo pesquisadores do Cepea, embora se mostrem mais flexíveis, uma parcela ainda aposta em recuperações nos preços, na menor produção nesta temporada e no clima desfavorável durante o desenvolvimento da atual safra – como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste.
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