Cotações
Preço do milho à vista está em alta, mas cotações futuras são menores que 2024
Segundo o Cepea, os preços do milho em 2025 são influenciados pela expectativa de aumento da produção nacional
Redação Agro Estadão
06/01/2025 - 11:11
O ano de 2025 começa com cenários diferentes para o mercado interno e externo de milho. Segundo projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), os preços do cereal no mercado brasileiro à vista (spot) estão acima do registrado no começo de 2024. Já o mercado de contratos futuros aponta cotações menores que as atuais. Na Bolsa de Chicago, os contratos operam com valores inferiores aos registrados no início do ano passado e não mostram sinais de recuperação para 2025.
No contexto doméstico, essas cotações futuras menores se devem à expectativa de haver um aumento da produção nacional em 2025. No caso dos valores externos, há uma certa estabilidade entre a oferta e a demanda doméstica dos Estados Unidos, mas o excedente norte-americano é amplo, o que exige que as exportações do país sejam firmes, em um ambiente de incertezas políticas por conta do novo governo.
Preços atraem interesse no cultivo no Brasil
De acordo com as projeções do Cepea, a alta das cotações do milho no segundo semestre de 2024 nas principais regiões produtoras do Brasil pode atrair agricultores e resultar em aumento na semeadura na segunda safra deste ano. O cultivo mais acelerado das lavouras de verão, como a soja, abre a expectativa de semeadura da segunda safra de milho no período ideal.
Além disso, o consumo doméstico também deve atingir índices recordes, especialmente por parte do setor de proteína animal e da indústria de etanol de milho.
Em 2025 também pode haver um possível equilíbrio entre oferta e demanda com o recuo nas exportações. Segundo o Cepea, as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.
Em escala global, é esperada uma menor produção e aumento do consumo, o que, consequentemente, gera redução na relação estoque/consumo. Dessa forma, os preços externos continuam em patamares elevados, aumentando o interesse dos agricultores brasileiros em negociar a mercadoria para o mercado externo.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.
Siga o Agro Estadão no Google News, WhatsApp, Instagram, Facebook ou assine nossa Newsletter
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Cotações
1
Dólar tem alta de 27,3% em 2024; qual a perspectiva para 2025?
2
Resiliência marca o mercado de açúcar e etanol em 2024
3
Arroz: preço recua 3% e saca é negociada abaixo de R$ 100
4
Baixa oferta mantém preços dos ovos em alta
5
Cacau atinge novo recorde na bolsa de NY
6
Café deve permanecer com preços elevados em 2025, indica Cepea
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Cotações
Cepea projeta queda na rentabilidade do confinamento neste início de 2025
Ao longo do ano, a tendência é que a rentabilidade se mantenha acima da média histórica dos últimos anos, proporcionando ganhos para a atividade
Cotações
Clima na América do Sul derruba cotações da soja e do milho
Vencimento da soja para março/25 recuou mais de 2%, a US$ 10,19 por bushel
Cotações
Poder de compra dos suinocultores têm caído neste início de ano
Mais suínos e vendas lentas pressionam os preços, aponta Cepea
Cotações
Preços da carne bovina se sustentam com demanda aquecida
Oferta de animais não aumentou e procura pela proteína nos mercados continua escoando os volumes de carne
Cotações
Algodão tem preços com tendência de queda devido ao cenário internacional
Mercado externo tem quadro influenciado por abundância da pluma e menor demanda chinesa
Cotações
Soja e milho: comercialização em MT avança, mas segue abaixo da média
Os agricultores do maior estado produtor de grãos venderam 45,20% da soja safra 2024/25, superando o desempenho da temporada anterior
Cotações
Com preços elevados, cenoura é comercializada a R$ 57,50/caixa
Segundo o Cepea, valorização é causada pela oferta reduzida no mercado
Cotações
Preço do etanol avança com maior volume de negociações
Açúcar cristal retoma ritmo depois de recesso, segundo análise do Cepea