Cotações

Milho reage com demanda dos biocombustíveis: o que esperar no curto prazo?

Markestrat Group aponta que recuperação dos preços do milho ocorre em meio a um cenário de maior demanda interna

O mercado de milho voltou a ganhar força na última semana, impulsionado pelo avanço da demanda de biocombustíveis. No contexto, destaca-se o etanol de milho, indicam os especialistas da Markestrat Group

Após um período de baixa, o preço da saca de 60 quilos registrou uma leve alta de 0,67% na última semana, fechando a sexta-feira, 10, cotado em R$ 65,21, em média, no indicador Cepea. No mês, a valorização é de 1,48%. Nos contratos futuros, contudo, a reação do preço foi mais evidente: alta de 2,42% para novembro/25 e de 1,67% para janeiro/26, “refletindo expectativas positivas para o curto prazo”, aponta a consultoria. 

Essa recuperação ocorre em meio a um cenário de retomada da demanda interna, com indústrias de ração e usinas de etanol absorvendo volumes crescentes do cereal. “O milho vem encontrando sustentação em fundamentos sólidos. O etanol de milho é hoje um pilar de consumo que traz estabilidade mesmo em anos de safra cheia”, aponta o relatório.

Ao mesmo tempo, o plantio da safra verão 2025/26 avança rapidamente, com destaque para o Paraná, onde o clima favorável tem acelerado os trabalhos. “O ritmo de semeadura reforça o otimismo no campo, embora a ampla oferta global ainda possa limitar novos avanços nas cotações”, alertam. Os analistas reforçam, entretanto, que o mercado tende à estabilidade no curto prazo, sustentado pela firme demanda doméstica.