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Milho e sorgo do Brasil podem ganhar espaço com impasse entre EUA e China

Segundo a consultoria Markestrat, enquanto não há uma definição de acordo comercial entre as duas potências, a China pode começar a buscar estes produtos no Brasil

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Redação Agro Estadão

02/05/2025 - 10:13

Fotos: Embrapa/Divulgação
Fotos: Embrapa/Divulgação

Em meio à indefinição sobre um possível acordo tarifário entre Estados Unidos (EUA) e China, o Ministério do Comércio chinês (MOFCOM) afirmou nesta sexta-feira, 02, que avalia negociar com os norte-americanos, mas ressaltou que qualquer diálogo exige “sinceridade” e ações concretas, como a correção de práticas comerciais e o cancelamento de tarifas unilaterais.

Segundo um porta-voz do MOFCOM, os EUA procuraram a China por diversos canais nos últimos dias para retomar conversas. No entanto, Pequim avalia que o comportamento americano de “dizer uma coisa e fazer outra” mina a confiança mútua. “A China está disposta a negociar, mas lutará, se necessário”, afirmou o representante.

Enquanto o impasse persiste, analistas avaliam que a China pode começar a redirecionar suas compras, especialmente de milho e sorgo — dois produtos fortemente exportados pelos EUA. 

A consultoria Markestrat destaca que, nesse cenário, o Brasil surge como um fornecedor potencialmente mais relevante, especialmente após a assinatura, em dezembro de 2024, de um protocolo bilateral entre os governos chinês e brasileiro que autoriza testes sanitários e fitossanitários com o sorgo produzido aqui no país. A consultora ressalta que, atualmente, a China importa aproximadamente 82% do volume necessário da sua demanda.

Expectativas para o mercado agrícola

No Brasil, o mercado de milho vive um movimento de queda nos preços. Em abril, o valor da saca de 60 quilos no mercado interno recuou 8,64% no indicador Cepea, base Campinas (SP). 

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Diante deste cenário, que deve persistir nos próximos dias, a Markestrat alerta que o foco do produtor deve ser a qualidade dos grãos estocados. “O preço do grão enfrenta um movimento baixista depois de atingir grandes patamares em cenário de baixa oferta e incertezas sobre a colheita da primeira safra. Concentrar-se na qualidade do grão estocado e na progressão da lavoura safrinha são os papéis do produtor para este momento”, afirmou em boletim. 

A soja, por sua vez, está praticamente colhida, e o momento exige atenção à armazenagem e à estratégia de comercialização, “aproveitando momentos de alta nos futuros para melhorar a rentabilidade.”

No mercado de derivados, o óleo de soja teve forte valorização no último mês, ao passo que o farelo enfrenta pressão baixista — cenário que exige decisões comerciais diferenciadas para cada produto. “A tomada de decisão deve considerar essas dinâmicas opostas, buscando capturar valor no óleo enquanto gerencia a pressão de baixa no farelo”, dizem os especialistas. 

Já no trigo, conforme a consultoria, a oferta restrita mantém os preços firmes no curto prazo. Em abril, a alta mensal no cenário doméstico foi de 2,93%, base Paraná, indicador Cepea/Esalq. No entanto, há preocupação com os custos de produção e as condições futuras, que podem afetar a rentabilidade. 

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