Colheita do milho é favorecida pelo clima, enquanto maior oferta de soja pressiona cotações
Alto volume de grão não estimula negociações no mercado de milho; Valorização do dólar limita queda acentuada da soja
1 minuto de leitura
24/06/2024 | 11:10
O clima quente e seco tem favorecido a colheita do milho no Brasil, que segue em ritmo mais acelerado na comparação com o ano passado. E, apesar do aumento de oferta, levantamento do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) mostra que os negócios seguem lentos no mercado à vista.
Segundo os pesquisadores, de um lado, tem-se o menor interesse de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com o andamento da colheita e ou priorizam o recebimento dos lotes negociados antecipadamente. E, de outro, há a retração de vendedores de algumas regiões, que focam na colheita e seguem atentos à possível queda de produtividade devido ao clima adverso durante o desenvolvimento da safra.
Pesquisadores do Cepea ressaltam, ainda, que produtores também esperam aumento da demanda externa para as próximas semanas.
Soja
A maior oferta de soja no mercado com o encerramento das atividades de colheita no Brasil e na Argentina derrubou os preços do grão. Segundo o Cepea, parte dos sojicultores mostrou interesse em negociar maiores lotes da temporada atual, até mesmo para liberar espaço nos armazéns para a entrada da segunda safra de milho.
Além disso, a demanda externa pela soja brasileira diminuiu na última semana, influenciando também nas quedas dos prêmios de exportação e dos preços domésticos. Por outro lado, segundo pesquisadores, a valorização do dólar frente ao Real limitou as baixas no Brasil.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.