Cotações

Frigoríficos pressionam, mas arroba do boi termina mês com preços firmes

Bom ritmo das exportações e a redução nos abates de fêmeas têm ‘jogado’ a favor do pecuarista, avalia consultoria

Refletindo o equilíbrio ocasionado pelo quadro de oferta e demanda, o mercado pecuário encerrou julho com negociações praticamente estáveis, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nesta quarta-feira, 31, a arroba do boi encerrou o dia cotada, em média, a R$ 232,50. O valor representa queda de 0,04% ante o dia anterior, e 3,26% acima do observado um mês antes.

Segundo pesquisadores do Cepea, como parte das escalas já está reservada com animais de confinamentos, a busca por novos lotes no spot tem sido feita com muita cautela. Com isso, a indústria consegue evitar novos ajustes da arroba em um momento de oferta reduzida, enquanto aguarda por definições nas vendas domésticas de carne.

Já na avaliação da consultoria Agrifatto, a pressão dos frigoríficos na tentativa de reduzir os preços do boi gordo não está surtindo o efeito esperado. “O bom ritmo das exportações e a redução nos abates de fêmeas têm ‘jogado’ a favor do pecuarista, que está conseguindo manter os preços do boi gordo firmes”, argumenta a consultoria em avaliação ao mercado.

Conforme a Agrifatto, no último dia de julho, Tocantins se destacou e encerrou com uma valorização diária de 1,15%, com o boi gordo cotado a R$ 209,78 por arroba, com programações de abate girando em torno de 10 dias úteis, com dois dias de recuo no comparativo semanal. 

Na B3, o vencimento para agosto de 2024 encerrou o dia com valorização de 0,21%, e a arroba cotada a R$ 236,20.

No mercado internacional, a consultoria destaca que a China continua a enfrentar problemas com os preços das proteínas, que estão em declínio no país. “O maior importador mundial de carne bovina tem demonstrado um desempenho ainda fraco para economia, o que tem levado os consumidores a ficarem mais seletivos com suas compras. Como resultado, a desvalorização da carne bovina no país já chega a 14,65% dentro do ano de 2024”, conclui a Agrifatto.

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