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Feijão: mercado interno segue em baixo, enquanto exportações batem recorde

Chuvas em outubro e enfraquecimento do consumo interno limitam negócios, mesmo com avanço das vendas externas lideradas por Mato Grosso 

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Redação Agro Estadão

14/10/2025 - 12:01

Foto: Adobe Stock
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As exportações brasileiras de feijão atingiram um novo recorde histórico em setembro. No período, foram embarcadas 85,4 mil toneladas no mês, totalizando 488,4 mil toneladas no acumulado de 12 meses — o maior volume já registrado pela série. Os dados foram compilados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). 

Segundo o levantamento, entre janeiro e setembro de 2025, o país já exportou 361,9 mil toneladas de feijão. O volume supera o total embarcado em todo o ano passado. Entre os Estados, Mato Grosso lidera como principal exportador, seguido por Tocantins, Paraná, Minas Gerais e Goiás. 

Do lado comprador, a Índia se consolidou como o principal destino do produto, concentrando 57% das compras. A pauta exportadora é composta majoritariamente por feijões dos tipos vigna mungo e radiata.

Segundo o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, o desempenho das exportações contrasta com a fraqueza do mercado interno. “Vivemos um cenário de recorde nas exportações, mas o consumo doméstico segue enfraquecido pela menor demanda e pelos efeitos do clima. A intensificação das chuvas em outubro tende a influenciar esse quadro, principalmente no Paraná, que concentra boa parte da primeira safra do país”, afirmou.

Mercado interno em queda

Segundo o indicador Cepea, o mercado doméstico do feijão carioca (notas 9 ou superiores) manteve baixa liquidez entre 2 e 9 de outubro. “As chuvas em várias regiões reduziram o interesse de compra, pressionando os preços nas principais praças produtoras”, destaca o boletim.

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Em Sorriso (MT), a cotação recuou 6,23%, de R$ 218,33 para R$ 204,72 por saca de 60 quilos. No leste goiano, a queda foi de 4,91% (para R$ 229,07 por saca. Em Belo Horizonte (MG), o recuo chegou a 4,6% (para R$ 250,00 por saca). Enquanto o noroeste de Minas, registrou perdas de 2,31% (para R$ 247,79 por saca).

Entre os lotes de feijão carioca (notas 8 e 8,5), o recuo também predominou, refletindo a qualidade inferior e a demanda contida. No sul goiano, os preços caíram 4,6% em sete dias, ficando R$ 209,09 a saca. Em Belo Horizonte, a queda foi de 4%, com valor de R$ 205,00 por saca e no centro e noroeste goiano o recuo foi de 3,2%, com a saca valendo R$ 198,38.

Feijão preto

Após a forte valorização observada em setembro, o mercado do feijão preto tipo 1 apresentou ajustes negativos moderados, com reposição mais lenta e demanda estabilizada.

Em Curitiba (PR), o preço caiu de R$ 159,07 para R$ 155,50 por saca – queda de 2,3%. Na metade sul do estado, o recuo foi de 2,8%, para R$ 143,33 por saca. 

Já no oeste de Santa Catarina, o movimento foi praticamente estável, com negócios a R$ 137,74 por saca. Enquanto isso, em Itapeva (SP) houve valorização de 6,3%, para R$ 170,00 por saca.

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