MDA acompanha situação em Umuarama (PR) e afirma que não há conflito agrário
Cerca de 100 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta semana uma área rural no município de Umuarama, no noroeste do Paraná, próximo à Vila Três Placas, na divisa com Maria Helena. Segundo informação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, ao menos, mais 250 famílias devem se juntar ao acampamento nos próximos dias.
A invasão gerou reações imediatas de entidades do agronegócio e do governo estadual. Em comunicado, o Sistema FAEP repudiou publicamente a invasão e afirmou já ter solicitado reforço de segurança à Polícia Militar, com o objetivo de garantir a integridade física de produtores rurais da região.
Em nota, a entidade acusou o Governo Federal de ser conivente com atos do MST, citando a participação de representantes do governo em eventos do movimento. “Esse caso de invasão é mais um exemplo do descaso do Governo Federal, que participa de eventos do MST, corroborando para os atos de invasão no Paraná e em outros estados. Isso precisa acabar”, afirmou Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.
A federação também defendeu a aplicação do Marco Temporal — tese que limita as demarcações de terras indígenas à data da promulgação da Constituição, em 1988 — como forma de garantir segurança jurídica ao produtor rural.
Diante do ocorrido, o governo estadual informou ao Agro Estadão que determinou o reforço do policiamento na região por meio da Secretaria de Segurança Pública. Além disso, declarou que irá cobrar do Governo Federal uma solução para a situação.
Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informou à reportagem que não se trata de um conflito agrário, uma vez que, de acordo com informações da Polícia Militar local repassadas à pasta, a ocupação foi feita em comum acordo com o proprietário da área. O MDA também afirmou estar acompanhando a situação por meio de sua Diretoria de Mediação e Conciliação de Conflitos.