Agricultores querem, ainda, a prorrogação das cobranças e mudanças no Proagro
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva e o deputado estadual Elton Weber, foram recebidos pela secretária-executiva do ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli, e pelo secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger, em Brasília na quinta-feira, 20. Na pauta estavam pedidos de medidas concretas para sustentabilidade da agricultura familiar e de combate ao agravamento do endividamento no meio rural.
Diante de mais uma estiagem, a Fetag-RS alertou o governo sobre a importância da suspensão das mudanças implementadas pelo Conselho Monetário Nacional e Banco Central para o Proagro, considerada a principal política pública de apoio aos produtores rurais em caso de perdas por eventos climáticos.
Em relação ao endividamento, os representantes gaúchos confirmaram serem favoráveis à securitização, mas reforçaram que, até sua implementação, os agricultores precisam de apoio para evitar a inadimplência.
O presidente da Federação, Carlos Joel da Silva, disse, ao Agro Estadão, que o “MDA se comprometeu em solicitar a suspensão das cobranças das dívidas por 120 dias e que, neste período, será construída uma solução de prorrogação consistente para os agricultores”.
Desde a semana passada, o agro gaúcho está mobilizado para conseguir apoio às demandas do setor. Na terça-feira, 18, entidades da agricultura gaúcha se reuniram com os parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também em Brasília. Na segunda-feira, 17, um protesto reuniu mais de 10 mil pessoas em 16 cidades do Rio Grande do Sul. A pressão sobre o governo federal veio depois da confirmação de perdas nas safras gaúchas. São mais de 160 cidades com problemas devido à estiagem.
Na próxima semana, deve ocorrer, ainda, um encontro da Fetag-RS com secretários estaduais. Entre os assuntos estarão outras medidas de mitigação dos efeitos da estiagem, como a ampliação dos programas de irrigação, de armazenamento de água e para o melhoramento solo. Segundo o presidente da entidade, Carlos Joel, também será solicitado um projeto que leve energia elétrica de qualidade, a trifásica, para as propriedades rurais. “De nada adianta ter irrigação, sem luz boa”, pondera.
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