Desvende o ingá: o fruto de um metro que transforma a Amazônia
Sabor, sombra e sustentabilidade: os múltiplos benefícios do ingá para o campo e o planeta.
By: Fabiana Bertone
Ingá, o gigante da amazônia
O ingá, fruto singular da Amazônia, exibe vagens que podem alcançar até um metro de comprimento. Este gigante verde não é apenas um espetáculo visual, mas também um recurso vital para a alimentação e a biodiversidade.
Um aliado na recuperação ambiental
Além de seu papel na dieta, o ingá é um grande aliado na recuperação de áreas degradadas. Sua capacidade de enriquecer o solo o torna uma espécie pioneira, fundamental para a restauração ecológica e a saúde ambiental.
Diversidade de espécies
No Brasil, diversas espécies de ingá prosperam. Entre elas, destacam-se o ingá-edulis, conhecido por seus frutos alongados e polpa doce, o ingá-vera, crucial para a proteção hídrica, e o ingá-cipó, valioso em sistemas agroflorestais.
Ingá-edulis: o favorito da mesa
O ingá-edulis, com seus frutos que atingem até um metro, é a espécie mais cultivada e apreciada. Sua polpa branca, doce e farinácea o torna ideal para consumo in natura, um verdadeiro deleite amazônico.
Nutrição para humanos e animais
O ingá é uma fonte rica em vitaminas e minerais, beneficiando tanto humanos quanto animais. Sua polpa adocicada complementa a alimentação humana, enquanto suas folhas e cascas são valiosas para o gado, especialmente na seca.
O "banco de proteína" natural
Para o gado, o ingá atua como um "banco de proteína" natural. Durante períodos de escassez de forragem, ele reduz a necessidade de suplementação, diminuindo custos e promovendo a saúde do rebanho de forma sustentável.
Sistemas agroflorestais e o ingá
Nos sistemas agroflorestais (SAFs), o ingá fixa nitrogênio no solo, consorciando com culturas como café e cacau. Ele oferece sombreamento, protege contra ventos e melhora a estrutura do solo, gerando um ambiente mais produtivo.
Benefícios além do fruto
Além de seus frutos, o ingá proporciona madeira para uso rural, sombra valiosa e serviços ecossistêmicos. Suas raízes controlam a erosão, suas flores atraem polinizadores e ele melhora a qualidade do ar, promovendo a biodiversidade.