Pesquisa aponta redução nas emissões de gases do efeito estufa em 18% no algodão com uso de fertilizante 

O uso de fertilizantes nitrogenados na agropecuária é um dos fatores para emissão de gases do efeito estufa. Eles liberam o chamado óxido nitroso, que é quase 300 vezes mais danoso à atmosfera do que o já conhecido dióxido de carbono. Nessa direção, há uma busca para encontrar alternativas que sejam menos emissoras e que consigam suprir as necessidades das plantas. Segundo um estudo recente feito pela Mosaic, uma das alternativas que vai nessa direção é o produto Excellen. 

A pesquisa indicou que esse fertilizante obteve uma redução de 18% de óxido nitroso por hectare nas aplicações feitas em lavouras de algodão. Segundo o gerente de produtos da empresa, Bruno Benatti, esses resultados são importantes porque diminuem a pegada de carbono dessa cultura. “Uma tonelada de algodão com Excellen emitiu 18% a menos em relação a uma adubação normal [com ureia]”, disse ao Agro Estadão. 

O levantamento foi feito em Primavera do Leste (MT) e contou com a parceria da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). De acordo com o representante da Mosaic, estudos nessas direção são importantes para mostrar caminhos para uma agricultura mais sustentável, inclusive facilitando na diminuição das emissões dentro da cadeia têxtil. 

“Nos últimos anos, vem crescendo o foco em entender como os produtos estão impactando as emissões do efeito estufa. […] De toda a pegada de carbono do campo à roupa, 60% das emissões vêm do campo e 90% dessas vêm da adubação”, reforçou. 

Além disso, Benatti indicou que há outros ganhos com o uso do fertilizante. Um deles é com relação a volatilização do nitrogênio. A ureia é uma das principais fontes de nitrogênio, no entanto há uma perda maior se comparado com outras fontes como o nitrato de amônia. “A volatização é de 7% do nitrogênio aplicado e enquanto que com ureia essa volatilização é de 24%”, comentou.

O próximo passo é o entendimento de como esse fertilizante se comporta em outras culturas, como milho e pastagens. Análises iniciais apontam uma redução nas emissões de óxido de nitroso nessas duas culturas na casa de 30% em comparação com uma adubação tradicional. 

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