Pecuária

Mercado de genética bovina cresce mais de 14% no primeiro semestre

Avanço foi puxado pela produção nacional, que superou 13 milhões de doses, e pelas importações

O mercado de genética bovina manteve ritmo acelerado no primeiro semestre de 2025. Impulsionado pelo aumento na oferta e na demanda por sêmen, avançou 14,37% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço está no Index Asbia, elaborado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 

Durante transmissão na noite de quinta-feira, 21, os especialistas da Asbia e do Cepea, destacaram que o resultado é fruto da maior produção nacional e do crescimento das importações. O relatório mostra que, somente a fabricação local superou 13 milhões de doses, com expansão de 15,55%. As compras externas, por sua vez, tiveram alta de 10,48%.

Já a saída de doses, que considera vendas internas, exportações e serviços de industrialização, somou 10,97 milhões de unidades — aumento de 4,63% em comparação aos primeiros seis meses do ano passado. Considerando o mesmo período, as negociações com pecuaristas brasileiros lideraram a expansão: avanço de 5,5% no gado de corte e de 7,9% no leite.

As exportações tiveram retração, com embarques de 188,8 mil doses para corte e 208,9 mil para leite, queda de 7%. Já a comercialização de botijões registrou crescimento relevante, de 18,62%. Em contrapartida, os serviços contratados por produtores para coleta e processamento de sêmen de seus próprios rebanhos recuaram 4,35%, somando 586,9 mil doses.

No recorte territorial, a inseminação artificial foi registrada em 3.870 municípios, abrangendo tanto a pecuária de corte quanto a de leite. O índice corresponde a 69,5% das cidades brasileiras — 5,7% inferior à observada em 2024.