Solução desenvolvida pela Bauer e pela Irricontrol permite controlar pivôs remotamente, economizando água e otimizando as decisões no campo
Dados totalmente integrados em uma única plataforma na qual é possível monitorar os pivôs de irrigação no campo, mesmo estando em qualquer lugar do mundo? Com o avanço da tecnologia, essa ideia, que há algumas décadas parecia um sonho, já é realidade. A proposta, intitulada de “Fazenda Inteligente”, é um conceito criado pela Irricontrol, braço tecnológico da Bauer do Brasil desde 2019.
Durante a Agrishow 2025, Helton Franco, CMO da Irricontrol, explicou ao Agro Estadão que, mais do que conectar aparelhos, o objetivo da plataforma é transformar a gestão da irrigação e ampliar a eficiência da agricultura digital. “Hoje, conseguimos operar uma irrigação inteira com um clique no celular, de qualquer lugar, de forma segura e com todas as variáveis monitoradas”, afirmou Franco.
Com o celular na mão e conectado à plataforma Irricontrol, o agricultor consegue verificar, por exemplo, quantos pivôs estão em funcionamento, a quantidade de água aplicada em cada um e ainda ligar, desligar ou programar os aparelhos remotamente.
Segundo o CMO da Irricontrol, o modelo de fazenda inteligente vai além da conectividade, baseia-se em gerar dados para a tomada de decisão do produtor. “Não adianta ter só o dado. É preciso saber o que fazer com ele. A automação que propomos transforma o dado em decisão e isso muda tudo”, ressalta.
Um dos focos principais desta iniciativa da Bauer e da Irricontrol é aumentar a eficiência no uso da água. De acordo com Helton, as ferramentas desenvolvidas conseguem adaptar a irrigação ao tipo de solo, à cultura plantada e às condições climáticas em tempo real — economizando recursos e protegendo a produtividade. “O produtor consegue visualizar o que está acontecendo em cada ponto da fazenda. Se uma bomba parou, se houve queda de pressão, se o solo precisa de mais ou menos água. Tudo isso é reportado e pode ser ajustado imediatamente”, explica.
Além disso, a tecnologia permite prever falhas antes que ocorram, otimizar o desempenho energético do sistema e criar rotinas automatizadas com base em zonas de manejo diferentes dentro da mesma propriedade. “Fazemos parte da jornada do produtor rumo à digitalização. Não entregamos só o pivô ou só o sensor. Entregamos um ecossistema que fala a mesma língua e ajuda o produtor a tomar decisões melhores”, salienta Franco.