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Conheça histórias de casais floricultores que investiram no setor motivados pelo amor
Procura por rosas e kalanchoes movimenta vendas do setor, que devem crescer até 9% no Dia dos Namorados, projeta Ibraflor

Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com
11/06/2025 - 13:00

As flores, no agronegócio, não servem apenas para embelezar ambientes, elas têm um poder de aproximar pessoas, construir parcerias e até mudar destinos. Nesta véspera do Dia dos Namorados, é de Holambra (SP) — conhecida como a capital nacional das flores — que vêm exemplos de como o amor pode nascer, florescer e prosperar entre estufas e caminhões carregados de cores e perfumes.
Uma dessas histórias é a do casal Elisabete Izidoro Kortstee, paulistana formada em Artes Plásticas, e Johannes T. J. Kortstee, produtor de azaleias. Eles se conheceram nos tempos das conexões discadas, pelas salas de bate-papo. Logo no segundo encontro, Johannes apareceu com a caminhonete carregada de flores. Esse ato de carinho conquistou Elisabete.

Então, pouco tempo depois, a paulistana trocou a cidade pela vida em Holambra. Eles se casaram, tiveram três filhos e a artista plástica passou a trabalhar ao lado do marido no Sítio Isidorus Flores, hoje, especializado em rosas em vasos e bola-belga. Além de coordenar áreas administrativas, Elisabete usa sua formação para criar embalagens e layouts que encantam consumidores nos eventos da Cooperativa Veiling Holambra.
Ela conta que, até hoje, se emociona ao receber flores do marido. “Até hoje eu recebo flores dele e dos meus filhos. Elas nunca perdem o encanto”, relata.
Também em Holambra, Luciano e Ana Paula Rios protagonizam outro caso de amor entrelaçado com flores. Ele: produtor de mini kalanchoes; ela: ex-telefonista de uma instituição financeira. Não à toa, a conexão entre o casal começou por telefone, durante as ligações de Luciano para saber se seus cheques tinham sido compensados.

Quando se conheceram pessoalmente, o sentimento cultivado à distância virou namoro e, logo depois, casamento com vida a dois no Sítio Rios Flores. Hoje, ela cuida da produção, das finanças e da colheita. “Dizem que é difícil trabalhar com o marido, mas o nosso amor só cresceu”, conta, ressaltando que, ainda recebe flores do esposo.
Outra história de amor que cresceu devido às flores, é a de Jéssica e Anderson Esperança, ela de Holambra (SP) e ele de Andradas (MG). Eles sempre se cruzavam nas manhãs de segundas-feiras na Cooperflora, mas sem imaginar que a vida — e as flores — já tinham traçado planos para seus destinos.

Foi após uma dança, em uma festa em Campinas (SP), que eles se notaram. Dali, passaram a trocar mensagens e marcaram outros encontros.
Após nove anos de namoro, casaram-se e passaram a trabalhar juntos na produção de rosas de corte no Sítio Vale das Flores — propriedade de Anderson, especializada em rosas de corte. Jéssica, que antes atuava em vendas na Cooperflora, foi para a fazenda assumir a gestão comercial e de marketing. “Mesmo cercada de rosas todos os dias, ainda me emociono quando eu ganho um buquê dele”, relata.
Alta de até 9% nas vendas de flores neste ano
As histórias contadas acima são reflexo de um setor que, no Dia dos Namorados, colhe frutos não só do amor, mas do mercado.
A data representa cerca de 10% do comércio anual da floricultura nacional, conforme explica, em vídeo, Renato Opitz, diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Segundo ele, para este ano, a expectativa é de crescimento entre 6% e 9% nas vendas em relação ao ano passado.

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