Entidades do agronegócio fazem campanhas para ajudar o povo gaúcho. Saiba como participar!
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25/05/2024 | 08:39
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
Programa levou dez jovens para conhecer a produção agropecuária de cinco estados
A visão de dez jovens lideranças do agro que se misturam para gerar conhecimento e ampliar as oportunidades de pequenos produtores e as comunidades locais. Assim podemos descrever um pouco do CNA Jovem, programa desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para identificar e desenvolver jovens lideranças.
Os dez destaques foram escolhidos entre mais de 2 mil jovens que começaram o programa. Ao longo de um ano, etapas classificatórias foram reduzindo o número de participantes. Ao todo, foram 530 horas de oficinas, mentorias e atividades presenciais e remotas. Os dez escolhidos foram os que mais se destacaram com os projetos desenvolvidos.
“Depois que eles identificavam um problema, começavam a desenhar a solução e a desenhar a iniciativa. Sempre com o foco de apoiar as comunidades locais e, ao mesmo tempo, desenvolvendo diversas competências profissionais e pessoais, como a comunicação e solução de conflitos”, explica a coordenadora do CNA Jovem, Fernanda Nonato.
A premiação aos destaques foi uma missão técnica nas cinco regiões do país para conhecer o potencial agropecuário de cada uma. A viagem começou em Minas Gerais, onde o grupo conheceu queijarias, produção de leite, frutas vermelhas e café. Na Bahia, as visitas aconteceram no Centro de Excelência do Senar e Juazeiro, para ver de perto a produção de frutas. Em Santa Catarina, o foco foi nas cadeias de aves, suínos, uva, vinho e maricultura.
Neste fim de semana, os jovens estão visitando produções de pecuária de corte, soja e algodão em Mato Grosso. O último destino será Rondônia, onde o grupo terá contato com o cacau, café e pecuária de leite. A missão termina na próxima terça-feira, 28.
O Igor Fernandes, de Santo Antônio do Amparo (MG), descreve esses 17 dias de viagens como uma imersão. “A gente consegue ver várias situações comuns em várias culturas, em que uma está mais à frente da outra, e elas podem se ajudar. Esse intercâmbio é espetacular”, contou ao Agro Estadão. “É uma oportunidade única e surpreendente de formação profissional e pessoal”, completou.
A coordenadora do programa CNA Jovem conta que a maioria dos participantes já é do meio rural. “São produtores rurais de segunda, terceira e quarta geração que querem permanecer no campo e querem se fortalecer como lideranças capazes de melhorar a atividade e conduzir o empreendimento familiar da melhor forma possível”, conta Fernanda.
Com o Igor, é um pouco diferente. Ele começou a ter contato com a cafeicultura há quatro anos, através da família da noiva e acabou se apaixonando pela cultura. O desafio dele no CNA Jovem foi focado na sustentabilidade da cafeicultura da Indicação Geográfica Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Uma das iniciativas adotadas foi levar conhecimentos sobre o café para as crianças.
O jovem conta que o desenvolvimento pessoal que adquiriu ao longo deste ano está ajudando também a alavancar um sonho: uma marca de café que ele desenvolveu junto com a noiva. “O Casal do Café” vende café produzido por pequenos produtores mineiros.
“São cafés espetaculares de pequenos produtores que nós damos a experiência para as pessoas experimentarem algo que não teriam oportunidade”, comemora.
O CNA Jovem surgiu em 2014 com o objetivo de identificar, desenvolver e integrar lideranças jovens do agro em todo o país. O programa é voltado para pessoas entre 22 e 30 anos de qualquer região que tenham curso técnico ou ensino superior e que tenham algum vínculo com a agropecuária. Veja como participar no site do programa.