Economia

Uso da malha hidroviária no Brasil cresce apenas 1,39% em dois anos

Ciclo anterior do levantamento, feito pela Antaq, mostrou uma expansão de, aproximadamente, 5% nas hidrovias brasileiras

A extensão geral das vias hidroviárias economicamente navegáveis que são usadas no país cresceu apenas 1,39% de 2022 até 2024. Os números estão no Estudo de Vias Aquaviárias Interiores Economicamente Navegáveis (VEN), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e mostram uma desaceleração do crescimento da malha no comparativo ao levantamento anterior. 

Os dados foram aprovados na última semana pela diretoria da agência, mas o estudo completo ainda não está disponível. Segundo notas da Antaq e do Ministério de Portos e Aeroportos, em 2022 o país tinha 20,1 mil quilômetros dessas vias. Em 2024, o número passou para 20,4 mil quilômetros – um ganho de 279 quilômetros. O destaque foi a região Norte, que teve um crescimento da malha de 3,56%.

O estudo é feito de dois em dois anos. No VEN referente aos anos de 2020 a 2022, o resultado de crescimento foi de aproximadamente 5%, um acréscimo de 938 quilômetros, saindo de 19,1 mil quilômetros de vias economicamente navegáveis para 20,1 mil quilômetros, conforme os respectivos anos. 

Em relação ao uso da vias e o potencial, os 20,4 mil quilômetros em uso representam cerca de 49% de todas hidroviárias economicamente navegáveis no país. Segundo o Plano Nacional de Viação (PNV), o Brasil tem potencial para utilizar 41,7 mil quilômetros dessas vias. 

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, a expectativa é de haja um investimento de R$ 30 bilhões em concessões de hidrovias e portuárias entre 2023 e 2026. Além disso, a estimativa é de que o transporte de carga pelas hidrovias alcance o montante de 25 milhões a 30 milhões de toneladas por ano até 2030.