Estimativas do Deral indicam colheita de 22 milhões de toneladas de soja e 3,2 milhões de milho; Feijão perde espaço no campo paraense
No Paraná, a primeira previsão de safra 2025/26 indica crescimento na produção de soja e milho. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura, aponta que a soja pode chegar a 22,05 milhões de toneladas, aumento de 4,2% sobre a colheita anterior. O milho primeira safra deve alcançar 3,22 milhões de toneladas, alta de 5,5%.
Na soja, a área prevista é de 5,79 milhões de hectares, ligeiro aumento em relação ao ciclo passado. O plantio começa em setembro, após o fim do vazio sanitário da ferrugem asiática, em datas que variam conforme a região. “Com o decorrer da safra pode-se ter surpresas positivas ou negativas”, afirmou Edmar Gervásio, analista do Deral.
O milho primeira safra deve ocupar 315 mil hectares, 12% a mais que em 2024/25. “Depois de muito tempo o Estado voltou a ganhar área de forma mais relevante na primeira safra, que vinha perdendo espaço desde 2010”, destacou Gervásio.
Já o feijão, perdeu espaço para as duas culturas. A estimativa é de 111 mil hectares: queda de 34% em relação ao ano anterior. A produção deve alcançar 218 mil toneladas, abaixo das 337,6 mil toneladas de 2024/25. “O grande aumento experimentado na safra 24/25 se mostra como uma exceção, motivado pelo aumento das exportações que ainda precisam se consolidar como uma opção de mercado para ser capaz de manter o interesse dos produtores”, disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho”.
O boletim semanal do Deral também destaca sobre a queda de 0,59% nos preços pagos aos produtores de carne ovina no Brasil em julho, comparativamente ao mês anterior. No Paraná, o cordeiro vivo foi comercializado por R$ 14,30 o quilo, em média, ante R$ 15,10 em junho.
Os suínos foram o quinto principal produto do setor em 2024. Com R$ 8,82 bilhões de Valor Bruto de Produção (VBP), a suinocultura apresentou acréscimo de 4,3% sobre os R$ 8,45 bilhões de 2023. Toledo lidera a produção, com VBP de R$ 1,32 bilhão, equivalente a 15,2% do total.
O documento destaca ainda que o Paraná ocupou a terceira posição em exportação de mel no acumulado dos sete primeiros meses do ano. Foram enviadas 4.637 toneladas para o exterior com receita cambial de US$ 15,203 milhões. Em igual período do ano anterior tinham sido exportadas 2.191 toneladas, com faturamento de US$ 5,509 milhões.
*Com informações da Secretaria de Agricultura do Paraná