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Economia

Pistache: o que é, para que serve e como produzir

Com alta demanda e potencial de lucro, o pistache se destaca como cultura rentável no Brasil, aliando benefícios econômicos e ambientais ao agronegócio

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Redação Agro Estadão*

06/11/2024 - 18:01

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

O cultivo do pistache não promete só retornos econômicos, mas também enriquece a biodiversidade do terreno. Por isso, o pistache tem se destacado no agronegócio como uma cultura de alto valor, graças à sua crescente popularidade entre consumidores que buscam opções saudáveis e sofisticadas. 

As importações do produto no Brasil alcançaram US$ 8,8 milhões em 2023, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O valor é 97% maior que o registrado no ano anterior e foi impulsionado pela popularização da oleaginosa em receitas e produtos gourmet.

O que é o pistache?

O pistache (Pistacia vera) pertence à família Anacardiaceae e se caracteriza por sua semente comestível verde envolta por uma casca rígida. Originário do Oriente Médio e da Ásia Central, adapta-se bem a climas secos e com verões prolongados. 

Recentemente, os consumidores brasileiros mostraram maior interesse pela noz, o que impulsionou as importações e ampliou seu uso em sobremesas e pratos salgados.

Para que serve o pistache?

O pistache é muito versátil na culinária e pode ser consumido de diversas formas: torrado e salgado como aperitivo, cru para preservar todos os nutrientes ou como ingrediente em receitas de sorvetes, bolos, molhos e saladas. 

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Ele também é frequentemente utilizado na forma de pasta para confeitaria ou combinado com outros ingredientes em pratos gourmet. Para manter sua qualidade nutricional, recomenda-se consumi-lo sem sal ou aditivos.

Sorvete de pistache é uma das opções na culinária. Foto: Adobe Stock

Benefícios do pistache para a saúde

Melhora a Saúde Cardiovascular

O pistache é rico em ácidos graxos monoinsaturados e fitoesteróis, compostos que ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue e, consequentemente, diminuem o risco de doenças cardíacas. 

O consumo regular de pistache pode contribuir para a saúde dos vasos sanguíneos, promovendo uma melhor circulação​.

Controle da diabetes

Devido ao seu baixo índice glicêmico, o pistache é uma opção saudável para quem precisa controlar os níveis de açúcar no sangue. 

A combinação de fibras, proteínas e gorduras saudáveis ajuda a regular a absorção de glicose, tornando-o benéfico para quem tem diabetes ou deseja prevenir a condição​.​

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Promove a saúde do cérebro

O pistache contém vitamina B6, que desempenha um papel essencial na formação de neurotransmissores e na função cognitiva. Essa vitamina ajuda a melhorar o humor e a função cerebral, contribuindo para uma mente mais ativa e alerta. 

Além disso, o potássio presente no pistache auxilia no envio de sinais elétricos no sistema nervoso​.

Auxílio na perda de peso

Embora calórico, o pistache pode ajudar no controle do peso quando consumido com moderação. Sua combinação de fibras e proteínas promove a saciedade, evitando o consumo excessivo de alimentos e, assim, contribuindo para a perda e manutenção de peso saudável​.

Fortalecimento do sistema imunológico

O pistache é uma boa fonte de antioxidantes como vitamina E e polifenóis, que ajudam a combater os radicais livres no organismo, fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo o risco de doenças inflamatórias e crônicas​.

Produção de pistache

A oportunidade de cultivo de pistache no Brasil é promissora para produtores que buscam diversificação. Com manejo adequado e atenção às tendências de mercado, essa cultura pode oferecer um retorno significativo e sustentável. 

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O momento é ideal para iniciar essa jornada, aproveitando o crescente interesse global por alimentos saudáveis e de alta qualidade. Para isso, é necessário saber algumas informações importantes a respeito da produção.

Clima e solo

O pistache requer um clima com invernos frios e verões quentes. Em regiões brasileiras que atingem temperaturas mínimas de 7°C no inverno, o cultivo pode prosperar, especialmente em áreas semiáridas. 

O solo deve ser bem drenado, com pH entre 7,0 e 8,0, e enriquecido com matéria orgânica para promover um bom início de cultivo.

Técnicas de plantio

Recomenda-se o plantio na estação seca para minimizar o estresse hídrico e garantir o estabelecimento saudável das mudas. 

Antes do plantio, uma análise de solo é crucial para definir as necessidades de adubação. Em solos com baixo teor de matéria orgânica, recomenda-se a aplicação de até 30 toneladas de esterco por hectare.

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Irrigação e adubação

Embora o pistache seja relativamente resistente à seca, a irrigação é necessária nos primeiros anos de crescimento e em períodos de estiagem prolongada. 

A adubação inicial deve equilibrar nitrogênio, fósforo e potássio, com destaque para uma aplicação anual de 100 kg/ha de nitrogênio em pomares produtivos.

A árvore de pistache pode produzir até 15 kg de nozes secas ou 37,5 kg de frutos frescos. Foto: Adobe Stock

Controle de pragas e doenças

A planta pode enfrentar desafios como pragas e doenças fúngicas. Pragas comuns incluem ácaros e cochonilhas, enquanto doenças como a ferrugem de Botryosphaeria requerem monitoramento e controle preventivo com fungicidas.

Poda e polinização

O manejo inclui podas de formação nos primeiros anos para estruturar a planta e facilitar os tratos culturais. Como o pistache é dióico (árvores masculinas e femininas), a polinização eficiente exige uma proporção de uma árvore masculina para cada oito femininas.

Colheita e pós-colheita

A colheita ocorre no final do verão, quando as cascas dos frutos começam a rachar naturalmente. Os frutos devem ser secos rapidamente após a colheita para evitar deterioração. Em boas condições, a produtividade pode alcançar até 1.500 kg/ha em pomares maduros.

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Mercado e comercialização do pistache

Em 2023, o pistache consolidou seu lugar na culinária e no mercado brasileiro, com as importações aumentando para atender à crescente demanda. 

Produtores podem explorar nichos de mercado focados em produtos orgânicos e premium, tanto para o consumo interno quanto para exportação, visando mercados como a União Europeia e os Estados Unidos.

Com a alta demanda e preços estáveis, o cultivo de pistache apresenta um retorno potencial a médio prazo, entre 5 a 7 anos. O investimento em práticas sustentáveis e certificações pode aumentar ainda mais a rentabilidade e o apelo comercial.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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