Economia

Exportações do RS crescem 10,9% e atingem terceiro maior valor da história

Com destaque para avanço nas vendas de soja, cereais e celulose, estado contraria tendência nacional de queda e amplia presença no mercado externo

As exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 4,7 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 10,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).

Com esse desempenho, o estado registrou o terceiro maior valor exportado para o período de janeiro a março desde o início da série histórica, em 1997, em termos nominais. O resultado gaúcho contrasta com a média nacional, que apresentou queda de 5,1% na média das exportações das demais unidades da federação no mesmo intervalo.

Entre os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Sul nos três primeiros meses do ano estão:

Os produtos que apresentaram os maiores crescimentos absolutos nas exportações do estado são:

Por outro lado, algumas mercadorias registraram queda nas exportações:

Principais destinos

No primeiro trimestre de 2025, o Rio Grande do Sul exportou para 188 países. A China manteve-se como o principal destino, absorvendo 15% do total das vendas externas. Em seguida, aparecem:

Apesar do desempenho positivo geral, alguns mercados contribuíram para a retração em determinados segmentos, com destaque para Filipinas, União Europeia, Japão e Tailândia, que registraram queda nas importações de produtos gaúchos.

Cenário internacional e o impacto do aumento nas exportações do RS

Segundo o estudo, a missão oficial do governo brasileiro ao Japão e ao Vietnã, realizada em março deste ano, deve gerar impactos positivos para as exportações do Rio Grande do Sul. Entre os compromissos assinados, um dos mais relevantes é a autorização para que o Brasil exporte até 300 mil toneladas de carne bovina ao mercado vietnamita.

As exportações do RS para a Argentina voltaram a crescer a partir de julho de 2024, mas o cenário permanece incerto devido a recentes intervenções na economia do país vizinho. Segundo o relatório, uma possível desvalorização do peso, moeda argentina, pode reverter o avanço observado, afetando setores como fumo e colheitadeiras.

Outro desafio é a tarifa de 10% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O boletim do DEE aponta três possíveis reações: aumento das vendas gaúchas aos EUA, caso outros países sejam mais tarifados; crescimento das exportações para a China em setores concorrentes com os norte-americanos e alta nos preços das commodities do estado.

O relatório completo está disponível no link.