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Dólar acima ou abaixo de R$5? Economistas projetam a tendência da moeda para os próximos meses

1 minuto de leitura

16/05/2024 | 09:11

Por: Sabrina Nascimento

Diferencial de juros entre Brasil e EUA é citado como fator que vai influenciar na oscilação do dólar

A variação do dólar em relação ao real é acompanhada com atenção pelo agronegócio brasileiro. No fechamento do pregão da quarta 15, a taxa de câmbio chegou a R$ 5,14, acumulando valorização superior a 4% no ano.

Se por um lado, o dólar mais alto pode representar uma oportunidade para os produtores rurais brasileiros, impulsionando as vendas externas, por outro, essa mesma valorização pode encarecer os insumos importados, como fertilizantes e adubos, tão necessários para a produção agrícola. 

O Agro Estadão conversou com economistas que projetaram a tendência do câmbio para os próximos meses e elencaram os fatores que estão no radar do mercado. 

Taxa de juros sendo observada

O diferencial de juros dos Estados Unidos e do Brasil foi um elemento de observação em comum destacado pelos especialistas. 

No início de maio, a taxa Selic chegou a 10,50% ao ano, após o Comitê de Política Monetária do Banco Central aprovar um corte de 0,25 ponto percentual. Enquanto isso, os juros norte-americanos estão na faixa anual de 5,25% a 5,5%.

Dólar se mantém acima de R$ 5,10 nos próximos meses?

Analisando os atuais fatores, o economista-chefe da Novus Capital, Tomás Goulart, acredita que uma menor probabilidade de cortes de juros nos EUA e mudanças na política monetária brasileira podem levar a uma apreciação do real. 

Além disso, ele destaca a mudança no comando do Banco Central, a ser realizada no fim do ano. “O mercado já está de olho para saber se a postura de política monetária vai ser a mesma ou se vai mudar”, destaca. Diante desses fatores, o especialista projeta um câmbio por volta de R$ 5,20, tanto no fim de maio, quanto no encerramento de 2024.  

O sócio diretor da Macro Sector Consultores, Fábio Silveira, também estima um dólar sustentado entre R$ 5,15 e R$ 5,20 em meados deste ano e próximo de R$ 5,25 no término do ano, influenciado pela redução no diferencial da taxa de juros entre os dois países. “No entanto, a gente não acredita em uma taxa de câmbio explosiva, algo que aterroriza o mercado financeiro porque temos um setor externo que caminha bem, um investimento na economia brasileira importante”, explica Silveira. 

Dólar próximo ou abaixo de R$ 5

Na avaliação do economista André Perfeito, a moeda norte-americana deve se aproximar dos R$ 5 no final de maio. Ele fundamenta sua projeção nas políticas monetárias dos EUA e brasileira.

Olhando para os próximos meses, o que chama a atenção do economista é a interrupção na sequência de corte dos juros no Brasil, ao mesmo passo em que o Federal Reserve – Banco Central norte-americano – deve começar a reduzir os juros por lá. “Isso pode forçar para baixo o dólar. Então, estou com uma projeção da moeda abaixo de R$ 5 até o final do ano”, projeta Perfeito. 

Além do diferencial de juros, o economista Roberto Troster acredita também na influência destacando do saldo da balança comercial brasileira na cotação do dólar. 

“Outros fatores, como ruídos políticos, inflação, perspectiva de crescimento, também têm influência, mas varia um pouco no curto prazo”, explica Troster. 

Baseado nesses fatores, o especialista projeta uma taxa de câmbio em R$ 5,10 no encerramento de maio, “terminando o ano próximo a R$ 4,90”. Acompanhe análise completa:

O economista Roberto Troster explica os fatores que devem levar o dólar abaixo de R$ 5 no encerramento do ano
Categorias: Economia

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