Brasil embarcou 114,4 mil toneladas, com alta de 17% na comparação anual
As exportações brasileiras de carne suína atingiram 114,4 mil toneladas em fevereiro, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 97,8 mil toneladas. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), esse foi o melhor desempenho já registrado para o mês.
Além do aumento no volume, a receita das exportações avançou 32,6%, alcançando US$ 272,9 milhões, contra US$ 205,7 milhões em fevereiro de 2024. No acumulado do primeiro bimestre, os embarques somaram 220,4 mil toneladas, com uma alta de 11,6%, enquanto a receita avançou 26,2%, chegando a US$ 510,9 milhões.
Entre os estados exportadores, Santa Catarina manteve a liderança, com 61,8 mil toneladas embarcadas (+14,2%), seguida por Rio Grande do Sul (23,9 mil toneladas, +13,8%) e Paraná (17,9 mil toneladas, +48,1%).
As Filipinas lideraram as importações da proteína brasileira em fevereiro, com 23 mil toneladas, um aumento expressivo de 72% na comparação anual. Outros mercados em destaque foram Japão (+61,8%), Hong Kong (+49,8%) e Argentina (+313,1%). Já a China, que historicamente figura entre os principais destinos, reduziu suas compras em 26,2%, somando 19,4 mil toneladas.
Além disso, segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o México também ganhou relevância no mês, com mais de 2 mil toneladas exportadas, impulsionado pela renovação do programa de segurança alimentar do país. Somado à forte demanda das Filipinas e dos demais mercados da Ásia, África e Américas, as projeções da entidade para 2025 seguem positivas.
“A suinocultura brasileira deverá, inclusive, ter um ano positivo, podendo crescer até mais do que a ABPA previa no início do ano, mantendo a suinocultura como quarto maior exportador do mundo, o quarto maior produtor, mas, acima de tudo, o parceiro das indústrias na segurança alimentar global”, afirmou Santin. Para 2025, a ABPA projeta alta de 7,4% nas exportações da proteína suína.