Missão do Ibrafe e Apex Brasil percorre China e Coreia do Sul para fechar novas parcerias técnicas e comerciais
Em parceria com a Apex Brasil, o Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) está na Ásia em busca da ampliação do mercado de gergelim e feijões especiais para China e Coreia do Sul. Liderada pela diretora de Relações Institucionais do Ibrafe, Najla Souza, a missão de 12 dias visa ao fechamento de parcerias técnicas e negociações comerciais.
Na China, a agenda está concentrada em Shanghai, Qingdao e Henan. Na região está localizado um centro de pesquisa especializado em gergelim. “O objetivo é alinhar a vinda de pesquisadores chineses ao Brasil para troca de conhecimentos sobre manejo agrícola, visando melhorar a qualidade e a produtividade da semente brasileira”, esclarece Souza, em nota.
Em Qingdao, em especial, acontece a Conferência Mundial do Gergelim, promovida pela Câmara de Comércio e Importadores chineses. O evento será palco para negociações diretas com empresários locais. Para o Ibrafe, a conferência é considerada crucial para fechar contratos com compradores asiáticos, especialmente após a recente habilitação das empresas brasileiras para exportar gergelim à China, oficializada em março.
Já em Seul, capital da Coreia do Sul, a missão irá focar em apresentar a qualidade dos produtos brasileiros e os benefícios comerciais de parcerias com o país. A estratégia inclui reuniões com importadores sul-coreanos para reduzir barreiras tarifárias e fitossanitárias.
A Coreia do Sul integra a lista de mercados prioritários do projeto Pulses e Colheitas Especiais (Brazilian Pulses and Special Crops), que quer gerar US$ 615 milhões em cinco anos. A iniciativa, fruto da parceria entre o Ibrafe e a Apex Brasil, tem o objetivo de promover a exportação e o desenvolvimento do mercado brasileiro de leguminosas seca, como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico e de outras culturas especiais, como gergelim e amendoim.
Apesar do avanço recente com a China — responsável por 38,4% do consumo global de gergelim —, conforme o Ibrafe, o Brasil ainda enfrenta obstáculos como a falta de acordos fitossanitários definitivos e tarifas elevadas em mercados estratégicos.
Segundo Marcelo Lüders, presidente do Ibrafe, a atual missão, que percorrerá mais de 40 mil quilômetros, busca transformar esses desafios em oportunidades, alavancando a demanda asiática por alimentos sustentáveis. “A missão reforça o compromisso do Brasil em diversificar suas exportações agrícolas, com destaque para o gergelim, que vem ganhando espaço como cultura de segunda safra, e feijões especiais, como o mundo-verde preto, vermelho rajados e o feijão-carioca”, destacou Lüders, em comunicado.