Avanço resultou do forte desempenho de lavouras como soja, milho, arroz e fumo
Impulsionada pelo desempenho da agropecuária, a economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre de 2024. O setor agropecuário avançou 12,2%, sendo o grande motor da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no período, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento do agro, segundo o IBGE, reflete principalmente a boa produtividade e o avanço de culturas com safra relevante no primeiro trimestre, como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Segundo avaliação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esse é o maior período de crescimento sustentável do setor dos últimos dez anos. Resultado de fatores, de acordo com ele, como o Plano Safra recorde e o fortalecimento das políticas de comércio exterior. “[Os investimentos] permitem estabilidade de preço, garantia de comercialização e, consequentemente, crescimento econômico, geração de emprego e renda aqui dentro do Brasil”, afirmou.
Na mesma comparação, o setor de serviços cresceu 0,3%, enquanto a indústria ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1%.
Considerando a comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB brasileiro subiu 2,9%, com crescimento na agropecuária (10,2%), na indústria (2,4%) e nos serviços (2,1%).
O PIB totalizou R$ 3,0 trilhões no primeiro trimestre de 2025, sendo R$ 2,6 trilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento subiu para 17,8% do PIB, acima dos 16,7% registrados no mesmo período do ano anterior. Já a taxa de poupança ficou em 16,3%, também superior aos 15,5% de 2024.
No acumulado dos quatro trimestres encerrados em março, o PIB cresceu 3,5%, puxado por avanços de 3,2% no Valor Adicionado e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Por setores, a agropecuária subiu 1,8%, a indústria 3,1% e os serviços 3,3%.