Mercado deve seguir cauteloso no curto prazo, mas feriados no início de maio devem sustentar preços, aponta Scot Consultoria
Mesmo na segunda metade de abril e durante a Semana Santa — onde há redução no consumo de carnes —, o mercado de suínos apresentou valorização. De acordo com Juliana Pila, zootecnista e analista da Scot Consultoria, o movimento foi impulsionado por três fatores: oferta ajustada de animais, bom ritmo das exportações e antecipação de compras no atacado.
Nas granjas de São Paulo, o preço do suíno terminado subiu 2,5% no período, atingindo a média de R$ 162,00 por arroba na última semana. No mercado atacadista, a carcaça suína valorizou 4,8%, passando de R$ 12,40 para R$ 13,00 por quilo.
A expectativa é de que, no curto prazo, o mercado adote uma postura mais cautelosa, avaliando o desempenho das vendas após o final de semana prolongado. No entanto, a especialista lembra que a proximidade do Dia das Mães — uma das datas que tradicionalmente impulsionam o consumo de proteína animal — pode dar sustentação aos preços no início de maio, mesmo diante da virada do mês, quando a demanda costuma enfraquecer. “Isso pode segurar os preços, mesmo estando no final do mês”, afirma a analista.