Mercado agrícola internacional precifica o relatório de oferta e demanda mundial de grãos do USDA
As cotações da soja e do milho na bolsa de Chicago (CBOT) abriram o pregão desta segunda-feira, 13, em alta. O movimento ainda é reflexo do corte nos estoques globais de grãos estimados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no encerramento da última semana.
Por volta das 10h, a soja subia 0,80% no vencimento de março de 2025, valendo US$ 10,24 o bushel. Enquanto isso, o contrato do milho também para março deste ano, registrava alta de 0,77%, a US$ 4,69 o bushel.
Em seu novo boletim de oferta e demanda mundial de grãos, divulgado na sexta-feira, 10, o USDA reduziu a previsão de estoques globais de soja e milho, enquanto aumentou ligeiramente o volume final de trigo na safra 2024/25. Como efeito, os preços dos grãos dispararam em CBOT. As cotações da soja com vencimento para março encerram o pregão da sexta-feira, com alta de 2,63%, a US$ 10,25 o bushel. Já o milho, considerando o mesmo contrato, teve um avanço mais expressivo, de 3,18%, cotado a US$ 4,70 o bushel.
O USDA reduziu os estoques finais da soja de 131,87 milhões de toneladas projetados em dezembro/25 para 128,37 milhões — queda de 2,65%. Em relação à estocagem norte-americana, o corte foi de 19,21%, saindo de 12,80 milhões de toneladas para 10,34 milhões de toneladas.
Houve queda ainda na produção de soja norte-americana da safra 2024/25: sendo projetada em 118,84 milhões de toneladas, ante 121,42 milhões de toneladas previstas em dezembro.
Não houve alterações nas safras da América do Sul. Para o Brasil, o Departamento de Agricultura dos EUA segue projetando 169 milhões de toneladas de soja na temporada 2024/25. Enquanto na Argentina, os números seguem em 52 milhões de toneladas.
Assim como na soja, houve queda nos estoques finais de milho para 2024/25. Previstos em 296,44 milhões de toneladas em dezembro, os números passaram para 293,34 milhões de toneladas em janeiro. O corte representa uma queda de 3,1 milhões de toneladas, equivalente a 1,05%.
São esperados estoques menores também nos EUA. Estimados em 29,12 milhões de toneladas, ante 44,15 milhões do último boletim.
A produção de milho no Brasil e na Argentina não sofreu alterações, sendo estimadas em 127 milhões de toneladas e 51 milhões de toneladas, respectivamente.
Já para o trigo, houve um ligeiro aumento nas projeções. O USDA elevou de 257,88 milhões de toneladas para 258,82 milhões de toneladas os estoques finais do cereal. O ajuste representa uma alta de 0,37%.
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