Cotações

Soja: apesar de queda no fim de maio, preços são os mais altos do ano

Enquanto isso, no milho, agentes permanecem incertos quanto à produção da 2ª safra do grão em algumas regiões

As cotações da soja registraram uma queda na variação diária do fechamento de maio, devolvendo parte dos ganhos acumulados durante o mês. Esse cenário está relacionado à maior oferta da oleaginosa na América do Sul e ao ritmo favorável de cultivo nos Estados Unidos, conforme análise do  Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

“Apesar da diminuição na produção brasileira nesta temporada, a reta final da colheita e os preços atrativos têm incentivado os vendedores a aumentarem a disponibilidade de soja no mercado nacional”, pontuam os pesquisadores do Cepea em nota. Enquanto isso, no Hemisfério Norte, os agentes estão otimistas em relação à safra 2024/25, que está sendo semeada. 

Segundo o levantamento, os valores médios de maio continuam sendo os mais altos do ano, tanto para o indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá, que encerrou maio em alta de 6,77%, quanto para o indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, com valorização de 7,04%.

De olho no milho 2ª safra e cenário climático 

As atividades de colheita das safras de milho no Brasil estão em andamento, porém, os agentes permanecem incertos quanto à produção da segunda safra em algumas regiões, especialmente no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, devido às condições climáticas desfavoráveis em maio.

Em relação aos preços, os movimentos são distintos entre as praças acompanhadas pelo Cepea, refletindo as variações na oferta e na demanda. Nas regiões consumidoras, como em partes de São Paulo, os valores recuaram devido à menor procura pelo grão. No entanto, os pesquisadores do Cepea explicam em nota que, “prevalece a expectativa de um maior volume para negociação por parte dos compradores, enquanto os vendedores avaliam a situação local antes de disponibilizar novos lotes.”

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