Cotações

Oferta elevada e foco de Newcastle derrubam preços dos ovos em julho

Produtores temem novas quedas diante de alto volume interno e suspensão das exportações gaúchas para o Chile 

Os preços dos ovos têm caído sucessivamente nesta segunda quinzena de julho. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as vendas estiveram bastante reduzidas ao longo do mês, devido à demanda retraída, o que acabou gerando sobras de ovos nas granjas, mantendo os valores em baixa. 

Na sexta-feira, 26, a caixa do tipo branco com 30 dúzias foi comercializada na grande São Paulo a R$ 131,18, em média. Em igual região, a caixa de ovos vermelhos esteve cotada a R$ 153,30. Ambos valores encerraram a semana sem variações significativas.

Além do reflexo da menor procura frente à oferta, o Cepea também destaca que agentes estiveram atentos na última semana a possíveis impactos ao setor depois da confirmação de um caso de Newcastle numa granja comercial de frangos, em Anta Gorda (RS). 

Segundo o relatório, apesar do Ministério da Agricultura e Pecuária ter notificado a Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim do foco da doença, o Rio Grande do Sul, especificamente, seguia temporariamente suspenso de enviar ovos para diversos países, como o Chile. 

“Isso preocupa agentes do setor, visto que o país [Chile] tem sido o principal destino dos embarques brasileiros de ovos, incluindo produtos in natura e processados, nos últimos meses”, diz o Cepea em publicação nesta segunda-feira, 29.

Ainda de acordo com o Centro de Estudos, caso um grande volume de ovos não seja enviado a outros parceiros comerciais, a oferta do produto no mercado interno, que já está alta, poderá aumentar e pressionar ainda mais as cotações da proteína. 


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