Apesar de anúncio de venda para a China, oleaginosa e derivados despencaram na CBOT
Pelo terceiro dia consecutivo nesta semana, a soja encerrou a quarta-feira, 10, mais uma vez em queda na na Bolsa de Mercadoria de Chicago (CBOT). O contrato novembro terminou dia a US$ 10,66 por bushel, desvalorização de 1,27%.
Desde meados do dia, o pregão passou a operar com preços mais baixos, ainda pressionado pela ampla perspectiva de oferta dos Estados Unidos. Conforme análise da Safras & Mercado, nem mesmo o anúncio, por parte de exportadores privados norte-americanos, de venda de 132.000 toneladas do grão para a China foi capaz de sustentar as cotações.
Os derivados da oleaginosa também seguiram o movimento baixista, com o óleo de soja, posição dezembro de 2024, despencado 1,58%, cotado a 45,58 centavos de dólares.
Na sequência dos recuos, o farelo de soja (dez.24) a US$ 326.40 por tonelada caiu 0,72% no comparativo diário.
Conforme José Carlos de Lima Júnior, sócio-diretor da Markestrat, com dados da China National Grain & Oils Information Center (CNGOIC), o fornecimento de soja nas principais esmagadoras sediadas no país asiático foi de 6,29 milhões de toneladas métricas (MMT).
Esse valor representa alta de 1% em relação à semana anterior, ou alta de 17% em relação ao mês de junho de 2024. Na comparação com julho de 2013, a elevação é de 23%, conforme análise de Lima.
Ainda de acordo com o sócio-diretor da Markestrat, o CNGOIC afirma que os estoques de farelo de soja encontram-se em patamares históricos elevados, condição que faz com que os prêmios do derivado do grão permaneçam fracos devido a conjuntura “oferta forte e demanda fraca”.
Lima Júnior destaca também que “enquanto o subproduto da soja estiver barato, não haverá razões para que o produto soja seja valorizado.”
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