Expectativa é de que Brasil ultrapasse a venda de 40 milhões de sacas também na atual safra
As projeções para o café em 2025 indicam a manutenção dos preços internos e externos em patamares elevados, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com pesquisadores, as projeções de curto prazo não indicam aumentos expressivos de produção. Além disso, os estoques estão apertados e a demanda internacional pela bebida continua firme.
“No Brasil, já são quatro safras em que a produção não renova o recorde – 2020/21 foi a última temporada em que o volume colhido ficou acima de 60 milhões de sacas, de acordo com dados da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento]. E essa sequência de safras aquém do esperado foi prejudicada pelo clima desfavorável”, aponta o Cepea, que também vê reflexos do clima de 2024 na temporada 2025/2026. Com a saca valorizada, produtores têm apostado mais nos tratos e manejo da lavoura para minimizar os impactos climáticos.
Essa perspectiva de produção sem grande crescimento também é apoiada pelo Vietnã, segundo maior produtor do grão. Por lá, os eventos climáticos do ano anterior também prejudicaram a safra. “Ao menos no curto prazo, não existem variáveis que indiquem alguma recuperação consistente de estoques ou mesmo redução forte de consumo”, pontuam os pesquisadores.
Quanto às exportações brasileiras, o ano de 2024 apresentou bons resultados, o que deve também ser observado em 2025, principalmente, com relação ao café robusta. Segundo pesquisadores do Cepea, “além do contexto mundial de baixa oferta e da demanda aquecida, o Real desvalorizado eleva a competitividade do café brasileiro e deixa as exportações mais atrativas ao vendedor nacional”. Com isso, os embarques de café devem superar os 40 milhões de sacas na safra 2024/2025.
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