A saca de 60 kg do café arábica está 5,% maior em relação ao mês passado e é comercializada a R$ 1.419,90
O café arábica, variedade mais produzida pelo Brasil, chegou ao fim de julho no maior patamar real de preços desde fevereiro de 2022. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o resultado foi obtido após deflacionamento, ou seja, foi expurgado o efeito inflacionário sobre os períodos comparativos com base no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
Conforme levantamento do Cepea, até o dia 29 de julho, a saca de 60 kg do grão (tipo 6/bebida dura), posto na capital paulista, registrava média de R$ 1.419,90. O valor é 5,2% maior na comparação com o mês passado e 73% superior à média de julho de 2023.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos, os preços tiveram alta volatilidade neste mês, com o setor atento à disponibilidade mundial do grão e os reflexos das cotações internacionais. No radar, o volume ofertado pelo Brasil.
Segundo estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher cerca de 58,81 milhões de sacas de café beneficiadas na atual temporada. Se confirmado, o resultado representa o terceiro ano seguido de crescimento no volume total a ser colhido.
Para o café arábica, a expectativa da Conab é de uma safra de 42,11 milhões de sacas, entretanto, há um receio de que a produtividade seja menor, por conta das intempéries climáticas.
Já no cenário internacional, os agentes do mercado estão atentos à possibilidade de quebra de safra do robusta no Vietnã, também devido ao clima. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, o real desvalorizado frente ao dólar tem impactado nas cotações mundiais, em especial do arábica.
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