Após reunião com representantes do agro, governo afirma que ainda avalia solução e que plano será anunciado em breve
A reunião desta segunda-feira, 4, entre o governo e representantes do agronegócio serviu novamente para a escuta dos problemas e dos pleitos por parte setor. A solução esperada deve vir através de um plano de contingência, que ainda não foi anunciado e nem detalhado por parte do governo federal. Porém, uma das iniciativas ventiladas é a de aquisição por parte do governo dos alimentos que não forem comercializados com os Estados Unidos.
“Olha, o plano de contingência prevê várias medidas. Crédito, uma delas, pode prever compras governamentais. Não tem uma proposta. Você tem várias medidas que devem estar sendo concluídas e aí vão ser anunciadas”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao ser questionado sobre o assunto.
Quem também esteve na reunião foi o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, que também sinalizou que o plano deve cobrir alimentos perecíveis. “Esse plano de contingência é, evidentemente, para resolver aqueles produtos perecíveis. Esses produtos perecíveis, nós não podemos assistir uma sociedade como a nossa perdê-los”, pontuou o ministro a jornalistas após o encontro.
Teixeira ainda afirmou que o Executivo pediu para que os setores apresentassem sugestões de como esses “produtos podem ser absorvidos nos programas de compras públicas pela União dos Estados e Municípios”. Além disso, ele não descartou a possibilidade de haver algum subsídio.
Quanto à data de um anúncio, o ministro do MDA disse que deve ocorrer em “um período curto”. O governo ainda aguarda algum avanço na questão das negociações. “Ainda as negociações estão em curso e precisamos saber os resultados dessas negociações”, comentou Teixeira.
Ainda conforme o chefe da Agricultura Familiar, um pedido comum aos setores foi o de intensificar as negociações para que a tarifa dos respectivos produtos seja diminuída ou que eles entrem na lista de exceções. “Eles trouxeram as políticas de busca de exceção, de diminuição de tarifa. Esse foi o centro da reivindicação de todos eles”, acrescentou o ministro.
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, também esteve presente na reunião. Questionado sobre quais produtos serão tratados com prioridade para entrarem nessa lista, ele afirmou que devem ser aqueles com mais dependência.
“Olha, tem produtos que, na medida que é mais dependente do mercado norte-americano, precisa ser tratado de forma mais especial neste momento”, destacou Fávaro.