Híbrido de ciclo precoce é voltado para o Cerrado brasileiro; TMG detém 43% do mercado de sementes de algodão e 6% de soja
A TMG – Tropical Melhoramento & Genética lança a primeira cultivar de milho, desenvolvida ao longo de 12 anos de pesquisas. A variedade do híbrido específica para o Cerrado poderá ser plantada na próxima safra, é de ciclo precoce e tem resistência a doenças e à seca. O produto abre as portas da empresa para esse cereal que ocupa 21 milhões de hectares de lavouras no Brasil.
“Eu vejo o milho com potencial muito grande de crescimento – igual ou maior que a soja”, afirma o presidente da TMG, Francisco Soares, lembrando que cada vez mais o milho está sendo usado para a produção de energia e combustíveis. Mato Grosso é o maior estado produtor do cereal, com 33% do volume total do país. As lavouras mato-grossenses alcançam, em média, 5,5 mil quilos por hectare em produtividade.
Hoje, a TMG detém 43% do mercado de sementes de algodão no país e 6% da soja. A empresa tem 14 bases de pesquisa em melhoramento genético em seis estados: Cambé (PR), Rio Verde (GO), Rondonópolis e Sorriso (MT), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Passo Fundo (RS). Além disso, existem 100 pontos avançados de ensaios em todos os estados produtores.
O ano de 2024 deve fechar com faturamento de R$ 450 milhões, cerca de 10% superior ao resultado do ano anterior. Até 2031, a direção da empresa projeta somar R$ 5 bilhões em faturamento. Nesse mesmo período, o investimento em pesquisa e desenvolvimento deve ser de R$ 2 bilhões.
Os recursos são usados em equipamentos de última geração, estruturas e pessoal. Dos 527 funcionários, 351 são da área de Pesquisa & Desenvolvimento. “Nosso foco é excelência operacional, usar a transformação digital para melhorar os processos”, comenta Anderson Meda, Head de Pesquisa para Biotecnologia e Novos Players.
Nesse contexto, a otimização do tempo é estratégica. Hoje, a empresa trabalha com o prazo de cinco anos para lançar uma nova cultivar. “A estratégia da TMG nos últimos anos é ser mais agressiva em volume, ter uma escala maior de produção quando lançar uma nova cultivar”, pontua.
Ao todo, mais de 40 projetos estão em andamento, sendo que um dos destaques é a pesquisa de uma cultivar resistente ao bicudo do algodoeiro, considerada a principal praga do algodão. Saiba mais sobre esse estudo na próxima reportagem.
*Jornalista viajou a convite da TMG.
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