Crescimento no setor, em 2024, foi de 7,21% no número de aviões e helicópteros
Neste início de 2025, o Brasil tem, voando sobre lavouras e campos, um total de 2.722 aeronaves agrícolas. São 2.088 aviões (77%) e 634 helicópteros (23%). O levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) aponta que o segmento ganhou 183 novas aeronaves em 2024, um crescimento de 7,21% em comparação com o ano anterior.
O Brasil tem a segunda maior frota de aeronaves agrícolas do planeta, atrás somente dos Estados Unidos (que tem cerca de 3,6 mil aeronaves) e à frente de países como Canadá, Argentina, México e Nova Zelândia.
Conforme o estudo, nacionalmente o ranking é liderado pelo estado do Mato Grosso, que tem 749 aviões agrícolas. Seguido pelo Rio Grande do Sul (385) e por São Paulo (320). Desse total, 1.054 aeronaves são operadas por produtores rurais ou cooperativas que têm aviões próprios. As outras 1.648 aeronaves são de empresas aeroagrícolas que prestam serviços para os produtores.
O número de novos aviões agrícolas teve um crescimento de 42% nos últimos 10 anos. “A última década foi a melhor da história do setor e por vários motivos. O principal deles é que o produtor rural passa a entender melhor a tecnologia e a entender que é uma ferramenta eficiente realmente. E obviamente a tecnologia melhorou. E quanto mais melhora, mais as pessoas a utilizam”, explicou o diretor-executivo do Sindicato, Gabriel Colle.
Além disso, mais de metade das aeronaves são de fabricação nacional e um terço da frota é movida a biocombustível, revela o Sindag que reúne 95% das empresas no Brasil que prestam serviço de pulverização aérea.
Os números foram divulgados durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul.
Oficialmente, a frota de drones de pulverização no Brasil, em 2024, era de 6.000 equipamentos registrados para operação agrícola, mas o Sindicato acredita que o número real seja o dobro. O Sindag espera fazer nos próximos meses um levantamento completo da frota de drones que operam no País cruzando os registros do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com as informações do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) sobre a entrada de aparelhos no País.
Outra novidade, mencionada pelo Sindag, é a entrada no Brasil das aeronaves autônomas, citando especificamente o drone da fabricante norte-americana Pyka. Trata-se de um avião autônomo com capacidade para 300 quilos. O aparelho voa sem piloto, pode operar à noite e deve ter sua estreia em voo durante a Show Safra 2025 em março.